Leão e o caso Maignan: "Duvido que o racismo seja completamente erradicado"
O guarda-redes do Milan foi alvo de cânticos racistas durante a partida em casa da Udinese, decidindo abandonar o relvado juntamente com a equipa, num episódio que motivou uma suspensão temporária do jogo
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Rafael Leão, avançado português do Milan, falou no domingo sobre o episódio de racismo de que o colega da equipa, Mike Maigan, foi alvo durante a vitória dos “rossoneri” em casa da Udinese (3-2).
“Ele ficou irritado e não queria jogar, porque esta não foi a primeira vez que isto aconteceu, mas nós ficámos do lado dele. É triste para ele e para todos os jogadores negros, temos de lutar contra o racismo todos os dias e agradecemos ao Milan pelo que fez. Temos de lutar. Infelizmente, duvido que o racismo seja completamente erradicado, mas temos de lutar na mesma”, apelou, em direto para o programa "Che Tempo Che".
Recorde-se que o guarda-redes francês deixou o relvado e recolheu temporariamente aos balneários - enquanto a partida foi suspensa durante cerca de dez minutos - depois de ter sido alvo de cânticos racistas por parte de cinco adeptos da Udinese.
Em reação, a Udinese já baniu para sempre os adeptos identificados e o clube foi castigado com um jogo à porta fechada.