Laporta assume: "Dani Olmo e Pau Víctor sofreram muito, não foi agradável"
Presidente do Barça garante que nunca deixará o cargo devido a uma decisão da LaLiga ou da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), que acusa de quererem “destabilizar” o clube
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Joan Laporta, presidente do Barcelona, compareceu esta terça-feira numa conferência de imprensa para explicar a polémica em torno de Dani Olmo e Pau Víctor, que foram reinscritos provisoriamente na LaLiga após o Conselho Superior de Desporto (CSD) ter aceitado uma medida cautelar interposta pelo clube para que a dupla pudesse jogar na Supertaça de Espanha.
Questionado sobre grupos mediáticos de opinião que, com base neste caso, exigiram a sua demissão, o dirigente “blaugrana” adotou uma postura defensiva, chegando a ficar visivelmente emocionado e garantindo que nunca deixará o seu cargo devido a uma decisão da LaLiga ou da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), que acusa de quererem “destabilizar” o Barça.
“Tiveram uma oportunidade de ouro para demonstrar que gostam do Barça e não a aproveitaram. Puseram-se do lado dos meios hostis. Estamos num bom caminho, [a cumprir a regra financeira] 1:1, com um estádio novo, uma equipa competitiva... agora saltam como cogumelos. Colocaram-se do lado dos organismos que nos quiserem destabilizar. Respeito-os, mas alguém acredita que o presidente do Barça irá demitir-se por uma decisão da LaLiga ou da RFEF?”, começou por dizer.
“Estou dececionado com a forma como atuaram as pessoas que querem mandar no Barça. Não estavam do lado do Barça, destabilizaram o clube. Valorizo a força dos jogadores, de Hansi Flick, nestes momentos de sofrimento. Aguentámos tudo e não nos derrubarão facilmente. O sofrimento dos jogadores, da equipa, do clube... isso não esteve bem. Podiam colocar-se ao lado do clube e ajudar, mas a maioria dos ‘culés’ entendeu. Queriam destabilizar-nos na Supertaça, que se joga num lugar [Arábia Saudita] que faz com que tenha mais repercussão internacional, não nos deram uma imagem muito boa. Parecia que queriam que fracassássemos... pobre Barça se cair nas mãos de quem está na oposição, oxalá que nunca caia. Eles priorizaram os seus interesses no lugar dos do Barça, constato factos”, atirou.
Ao mesmo tempo, Laporta lamentou que os jogadores envolvidos nesta polémica tenham “sofrido” durante o período que antecedeu a conquista da Supertaça de Espanha, em que Olmo foi utilizado na final, contribuindo para uma goleada por 5-2 frente ao Real Madrid.
“Eles sofreram muito, eles e as suas famílias, não foi agradável. Dissemos-lhes que os inscreveríamos. Tínhamos a razão jurídica, mas têm que ta dar. Eles sofreram muito, não podiam jogar, e sofreram muito pelas consequências que isto tinha. Comportaram-se como realeza, estavam preocupados, mas tentando não afetar a dinâmica do grupo. Tentámos explicar a evolução, mas não era fácil”, assumiu, mostrando-se confiante de que esta história termine com uma decisão favorável para o Barcelona no que toca à interpretação do regulamento da LaLiga.
“Creio num estado de direito e na justiça, nunca nos rendemos e conseguimos o que queríamos. O facto de o CSD nos ter dado a cautelar e que faça referência à anulação e à falta de competência do organismo que dá as licenças, é importante. E também viram que nos causaram dano e faz referência ao bom direito. O nosso recurso foi elogiado por juristas de prestígio, a equipa legal fez um trabalho extraordinário”, elogiou.