Lage elogia Soares: "Trabalhei com outros assim, como Jiménez e João Félix"
Declarações de Bruno Lage, treinador do Botafogo, após a vitória caseira frente ao Coritiba (4-1), na 17.ª jornada do Brasileirão.
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Aposta no ex-Boavista Gustavo Sauer, que fez um bis: "A nossa forma de trabalhar é desenvolvendo a equipa. Não deixamos ninguém para trás. Vamos treinando com todos e estou nesse momento de conhecê-los. Depois temos de tentar analisar o adversário e perceber quais são as nossas características. Percebemos que, este adversário, especialmente depois da vitória contra o Fluminense, iria jogar como uma grande equipa, pois vem de uma recuperação fantástica. Sentimos que se tivéssemos um homem que pudesse jogar entrelinhas, juntamente com o Eduardo, poderia correr bem. E, graças a Deus, as coisas correram bem. Se o Sauer não tivesse feito um bom jogo, a sua pergunta seria ao contrário, porque ele não tem jogado. Vim para tomar decisões e correr riscos. Nós pensámos que valia a pena o risco e o jogador e toda a equipa corresponderam".
Tiquinho Soares também bisou: "Conheço o Tiquinho muito bem. Fomos adversários quando ele estava no FC Porto e eu no Benfica. Era um adversário muito difícil. Agora, é um enorme prazer trabalhar com ele. O Tiquinho é um exemplo e trabalhei com outros jogadores assim, como Raúl Jiménez ou João Félix, que estão sempre ligados no jogo, nos momentos ofensivos e defensivos. Há quem pense que não se deve voltar atrás para estar fresco e marcar golos na frente. O Tiquinho em 90 minutos voou, ajuda a defesa e marca os golos. É um exemplo. Muito orgulhoso de trabalhar com ele. Ele merece ser uma referência, mais uma vez, de um grande clube".
Primeira vitória no Brasileirão? "Quero dedicar a vitória para a minha família, que está a sofrer em Portugal por causa do pai. Sofrer porque tenho dois filhos, um de 13 anos e outro de oito. Eles ficam confusos ao ver o pai na televisão e depois no facetime. Por isso, é para eles, que me apoiam constantemente. Depois é a família que encontrei. Já falei dos jogadores, mas todas as pessoas e estrutura do Botafogo têm uma humildade tremenda e receberam-me de braços abertos. Vou contar uma história que mexeu muito comigo ontem. Temos um podologista, o Bruno, que seria uma das pessoas que sairia num momento em que o Botafogo estava em dificuldades financeiras. Ele abriu mão do salário e vinha trabalhar por paixão e pelo amor do clube. Fez isso durante um ano. Quando sentimos isso de pessoas que trabalham de forma anónima, nós, profissionais, temos que dar tudo. São esses exemplos de vida que levamos para sempre".
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