Koundé reforça críticas de Flick ao calendário: "É uma falta de respeito"
Defesa francês criticou a proximidade entre os jogos da última pausa para seleções e o encontro em atraso que o Barcelona realizou na quinta-feira diante do Osasuna, na LaLiga
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Jules Koundé, titular na vitória caseira do Barcelona diante do Osasuna (3-0), na quinta-feira, criticou a LaLiga pelo facto deste jogo em atraso ter sido marcado para uma data tão próxima aos desafios da última pausa para seleções, dando assim menos descanso aos jogadores.
Após a partida, o lateral-direito, que representou o Barça quatro dias depois de ter jogado por França diante da Croácia, na Liga das Nações, reforçou as críticas que o seu treinador, Hansi Flick, já tinha deixado na conferência de imprensa que antecedeu o encontro, com base no mesmo motivo.
“Não é normal. Já falámos sobre isto várias vezes, sobre o calendário, sobre jogar demasiados jogos. Sei que às vezes algumas pessoas têm dificuldade em entender e é verdade que temos muita sorte em fazer o que fazemos. Eu considero-me sortudo por viver da nossa paixão, por viver bem, mas penso que também é uma falta de respeito para com o clube adiar este jogo para esta data”, apontou, à imprensa espanhola.
“Não interessa o clube, o Osasuna também tinha internacionais como o Budimir, contra quem joguei e que não teve o descanso de que precisava, e muitos outros colegas de equipa. Não importa o clube em que se joga... Barcelona, Osasuna, ou mesmo o Real Madrid, quando isso acontece com eles. Penso que, para além da falta de respeito para com os clubes, é uma falta de respeito para com os jogadores, porque têm de perceber que não somos máquinas. Para produzir o jogo que produzimos e darmos aos adeptos de futebol o que eles querem, precisamos de uma pausa. Penso que todas as instituições, e não apenas a LaLiga, precisam de compreender isto. Têm de perceber que não podem marcar as datas como querem. Não dissemos nada porque, como disse o treinador, não queremos desculpas. Mas também há uma altura em que temos de nos ouvir uns aos outros, porque acho que somos os principais jogadores e eles não podem fazer o que querem”, completou.