Koeman dá calinada e Messi assume erros: "Depois de tantas desavenças..."
Camp Nou começa a desanuviar. Treinador fez rir e o capitão provocou suspiros de alívio.
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A crise instalada no Barcelona com a ameaça de saída de Messi e a posterior dispensa do uruguaio Luis Suárez, começa a desvanecer-se. Foi o argentino quem deu o primeiro passo.
Depois de ter criticado duramente o presidente Josep Maria Bartomeu numa entrevista ao portal "Goal.com" e de ter zurzido toda a estrutura quando o amigo Luis Suárez foi apresentado no Atlético de Madrid, agora falou ao catalão "Sport" para compor as coisas.
"Depois de tantas desavenças, gostaria de colocar-lhes um ponto final. Devemos unir todos os barcelonistas e assumir que o melhor está para vir", disse.
Em jeito de reflexão, disse ainda: "Assumo os meus erros, que se existiram foram apenas para fazer melhor e mais forte o Barcelona". Num apelo direto, afirmou: "Quero mandar uma mensagem aos sócios e as todos os 'culés' que nos seguem. Se em algum momento molestei algum deles com algo que disse ou fiz, que não restem dúvidas que o fiz sempre pensando no melhor para o clube."
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O primeiro sinal de melhoria de ambiente havia sido dado pouco antes pelo treinador Ronald Koeman. Num questionário rápido feito pela comunicação do clube, respondeu a perguntas de carácter pessoal e surpreendeu todos quando lhe perguntaram qual a fruta de que mais gosta. "Paella!", respondeu com um sorriso, ele que tem passado o tempo com ar sisudo desde que assumir o comando do Barça. A resposta foi tão desconcertante que os autores do inquérito não perceberam se se tratou de uma calinada ou de uma piada.
De resto, Ronald Koeman contou que se levanta às 7h30 da manhã, Neeskens (Ajax, Barcelona e seleção da Holanda) foi o ídolo dele em criança, Van Basten (Ajax, Milan e seleção da Holanda) o melhor jogador com quem dividiu balneário e o melhor golo que marcou foi pelo Barcelona em Wembley (à Sampdória). E será mesmo verdade, porque deu o primeiro título de campeão europeu ao clube. Aliás, Koeman continua a ser tratado na Catalunha por "Herói de Wembley". Dizer que Barcelona é a cidade preferida pareceu mais resposta de conveniência.