Ex-treinador do Liverpool trabalha como diretor global para o futebol da Red Bull e garante que não pensa em retomar a carreira nos bancos "pelo menos nos próximos dois ou três anos"
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Jurgen Klopp garantiu este sábado que não pensa em regressar a um cargo de treinador “pelo menos nos próximos dois ou três anos”, terminando assim com rumores da imprensa italiana que o vinham associando à sucessão de Claudio Ranieri na Roma.
Presente numa cerimónia da fundação solidária do Liverpool, o antigo técnico dos “reds” e atual diretor global para o futebol da Red Bull vincou que está comprometido com o seu cargo na marca austríaca e que não contempla “mudar de ideias” sobre o assunto num futuro próximo.
“Não tenho saudades do trabalho [de treinador], para ser 100% honesto. Seja o que for que leiam nos jornais nos próximos dois ou três anos a associar-me a algum cargo de treinador no futebol, serei o primeiro a dizer que é treta. Não vou para a Roma. Recebi mensagens esta manhã a dizer: ‘Roma é uma bela cidade’ e pensei: ‘Sim? Já ouvi isso antes’. O meu plano é para sempre, não vou mudar de ideias”, assumiu.
“Aquilo que estou a fazer agora é algo de que realmente gosto. Eu gosto de criar uma relação com as pessoas com quem trabalho e quero construir sobre isso, é fixe. É como se tivéssemos uma nova vida sem três jogos por semana, 12 conferências de imprensa e uma entrevista a cada cinco minutos”, explicou.
Nesse sentido, o dirigente alemão, de 57 anos, aproveitou para enumerar outros aspetos da vida de treinador dos quais não sente falta.
“Escolher um onze inicial e dizer a um jogador que não vai jogar é muito difícil. O médico liga-te e diz que alguém está lesionado, mas nunca liga a dizer: ‘Já agora, quero só dizer que estão todos bem’. Não tenho saudades disso, já o tive demasiado. Adoro este desporto, continuo a trabalhar no futebol e sou bastante ‘ok’ naquilo que faço, quero continuar e não simplesmente perseguir algo novo. Talvez esse sentimento [de querer voltar a ser treinador no futuro] cresça, não sei. Ter 70 anos e dizer que vou voltar... não consigo ver isso [a acontecer]”, concluiu Klopp.