"Klopp ganhou menos títulos em oito anos no Liverpool do que nós em cinco no Palmeiras"
Declarações de Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, após o empate 0-0 na receção ao Red Bull Bragantino, na noite de terça-feira, num jogo da quinta jornada da fase de grupos do Campeonato Paulista
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Equipa vaiada após o apito final: "Nunca menti que sou um treinador de projeto. Hoje esteve aqui um senhor chamado Klopp [n.d.r assistiu ao jogo no estádio], que ganhou menos títulos em oito anos no Liverpool do que nós em quatro ou cinco anos [n.d.r dez títulos em cinco temporadas, está a iniciar a sexta]. Então não me falem de fome de títulos aqui. Ele esteve oito anos no Liverpool e ganhou menos títulos do que nós em quatro ou cinco anos. Eu sou um treinador de projeto, isso não vai mudar. Estou aqui porque quero ganhar e quero vencer. O Palmeiras, para mim, é o melhor clube de longe, porque me dá reconhecimento, paga a toda a gente em dia, dá-me chance de ganhar títulos. E criou uma identidade, independentemente de críticas, que talvez hoje sejam merecidas. Mas ninguém vai dizer como a gente tem que fazer. As críticas que vêm de fora não vão afetar."
A exibição: "Fizemos um jogo pouco conseguido. Muitas perdas de bola, pouca adaptação ao relvado tão rápido, muitos passes errados, mais que o normal. Talvez por termos só 20 dias de trabalho. Fizemos um primeiro jogo (contra a Portuguesa) bom, e eu não esperava. Hoje foi dentro do que esperávamos: 20 dias, 5 jogos feitos."
Ainda sobre as vaias: "Não vou ser advogado de defesa de ninguém. O Anderson Barros [n.d.r diretor do futebol do Palmeiras] já está acostumado a ser criticado, já houve pichagem em muros, a torcida [adeptos] já invadiu o centro de treinos para falar comigo. A torcida tem o direito de manifestar, mas é importante no início do ano que estejamos todos do mesmo lado e que confiem no que temos a fazer. Sabemos o caminho, o que queremos fazer e sabemos que vamos sofrer um pouco para carregar as baterias."
No fim de semana disse que este seria o último ano no Palmeiras: "O meu futuro é no Palmeiras e não há mais nada a dizer sobre o meu contrato. O meu foco é tornar a equipa competitiva, ajustar soluções para os nossos problemas, recarregar a bateria. Com 20 dias eu não esperava mesmo ter mais dinâmica, com as mudanças que houve. Esse é o meu foco e nada mais. Estou no Palmeiras como sempre estive, de coração e alma. O presente e o futuro passa pelo Palmeiras."