Kiko Bondoso: "Foi um impacto muito grande. Em Israel ninguém esperava algo assim"
Avançado português já está a salvo na Grécia e vai regressar a Portugal
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Mais de 600 mortos e quase quatro mil feridos é o balanço, ao início da tarde deste domingo, de um ataque do movimento palestiniano Hamas em território israelita.
Kiko Bondoso, futebolista português que representa o Maccabi de Telavive, estava perto desta cidade quando as bombas começaram a cair, mas já se encontra a salvo, agora na Grécia, à espera de viajar para Portugal.
"Nem tenho bem a noção do que aconteceu, de forma geral, mas fui lendo algumas coisas e falei com pessoas. Pelo que percebi, além dos rockets enviados desde a faixa de Gaza, houve palestinianos que conseguiram infiltrar-se em Telavive e, através de mar e terra, também houve lançamento de rockets. Surpreenderam os israelitas, ninguém esperava que acontecesse algo assim. Foi um impacto muito grande", conta Bondoso a O JOGO.
"Houve israelitas raptados também. Creio que na fronteira foram raptadas muitas pessoas", acrescenta.
Além de Bondoso há outros quatro portugueses a atuar em clubes do principal escalão israelita, como Miguel Vítor, que entretanto adquiriu dupla nacionalidade israelita, representando agora a seleção nacional deste país.
"O Miguel Vítor vai ter jogos pela seleção de Israel e creio que ainda está lá, porque ainda não sabe se vai ou não ter jogos com a seleção. Com os outros portugueses que jogam aqui também não tenho conhecimento de ter ocorrido algo de grave. Do meu clube também ninguém se magoou até ao momento, pelo que sei. Os jogadores estrangeiros do Maccabi de Telavive já saíram todos de Israel e hoje cada um de nós vai apanhar um avião com destino ao seu país de origem. Até agora não há informação de que possa ter acontecido algo a pessoas do Maccabi", explica o avançado que, em Portugal, se transferiu desde o Vizela.
Quanto aos próximos tempos, sabe apenas que vai aguardar em Portugal por indicações dos responsáveis do Maccabi. De qualquer forma, enquanto a situação não acalmar, não deve voltar a este país do Médio Oriente.
"Para já ainda não sabemos o que se vai passar a seguir. Ainda é tudo muito incerto", conta.