Declarações de Harry Kane, avançado do Bayern Munique e da seleção inglesa, em conferência de imprensa de antevisão ao jogo desta sexta-feira com a Albânia, da fase de qualificação para o Mundial'2026
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Criticado na imprensa alemã: "É como quando o [Cristiano] Ronaldo e o [Lionel] Messi apresentavam aqueles números loucos e na época seguinte marcavam 40 golos em vez de 50. Era como se estivessem a ter uma época má. As pessoas tomam isso como garantido e talvez um pouco em Inglaterra também. Já marquei 69 golos pela seleção e quando se marca contra a Albânia ou a Letónia, ou contra estas equipas, as pessoas esperam que isso aconteça, por isso não se fala tanto nisso. Se eu tivesse 25 anos e estivesse a fazer o que estou a fazer, o entusiasmo à minha volta seria talvez um pouco diferente do que é agora. Faz parte da situação atual do futebol. Já vi isso acontecer com outros jogadores quando chegam aos 30 anos. Talvez as pessoas se aborreçam um pouco com o que fazemos, mas eu não estou aborrecido. Estou entusiasmado com estes jogos e com os próximos."
Ainda as críticas: "É difícil. Às vezes motiva-me. Às vezes, para ser honesto, tento ficar longe disso o máximo que posso. Provavelmente, quando era jovem, ouvia mais do que ouço agora. Em última análise, critico-me mais do que qualquer pessoa no exterior, mas... uso sempre isso como combustível para provar que as pessoas estão erradas. Hoje em dia, passamos de não marcar durante alguns jogos e as pessoas dizeram que não somos bons, para marcar e sermos candidatos à Bola de Ouro, e é como se a diferença fosse demasiado alta e demasiado baixa. Sei o que fiz na minha carreira e sinto que tenho muito respeito de muita gente do futebol e que consegui muito na minha carreira."
Transferência para o Bayern Munique: "Só o facto de estar num clube como o Bayern de Munique ajudou-me a aumentar ainda mais a confiança e a responsabilidade. Sinto que melhorei muito e que talvez a minha aura de jogador seja um pouco mais respeitada do que no passado, porque se joga em grandes jogos, em grandes noites. Também senti isso na época passada, marquei mais de 40 golos, mas é óbvio que nunca iria ganhar a Bola de Ouro [no Tottenham], porque não ganhámos os troféus da equipa. Essas oportunidades existem. É provavelmente a isso que me refiro em termos de ser mais respeitado a nível mundial, num palco maior. Para isso, é preciso ganhar um número suficiente de troféus por equipas para ser considerado e, provavelmente, marcar 40 ou mais golos, mas é uma possibilidade esta época. Isso é algo que eu gostaria de tentar alcançar."