Jogador foi afastado pelo Fenerbahçe e fala em casos semelhantes, entre os quais o de Pepe
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Quando Carlos Kameni trocou o Málaga pelo Fenerbahçe no verão de 2017, estava longe de imaginar o pesadelo que o aguardava em Istambul. Ao serviço do clube turco, o guarda-redes camaronês não foi inscrito e não joga desde 1 de março de 2018, para além de não ter permissão para treinar nas instalações do clube.
Esta situação, refira-se, era "impensável" para um jogador que assinou por três anos - com mais um de opção - em 2017. "Com tudo isto vens-te abaixo momentaneamente, mas nunca pensei em deixar o futebol. Tenho forças para continuar ao mais alto nível e quero voltar a Espanha em algum momento. É impossível ficar mais um ano aqui com estas condições", afirmou, em declarações reproduzidas pelo jornal Marca.
"Quando chegou o novo treinador, o turco Aykut Kocaman, em novembro, ele excluiu-me sem qualquer motivo. Com Cocu [despedido em outubro] também não jogava, mas ao menos estava inscrito. Agora treino sozinho e depois vou para casa. Espero sair no verão, mas vou fazê-lo sem qualquer sentimento. Isto é muito desagradável e chegas a pensar em que mundo vives", contou.
O caso de Kameni, porém, não é único, tal como relata o próprio. "Isto só acontece aqui. O futebol turco é muito estranho, é outro mundo. Antes de vir, já me tinham contado algumas histórias, mas nunca imaginas isso. Tive propostas para vir antes, mas nunca imaginei que isto fosse acontecer. Muitas estrelas sabem que isto aqui é mau, como Van Persie, Pepe, Sneijder ou Podolski. Não mudou nada", explicou.
"As pessoas são muito estranhas. Vendem-te muito fumo e afetou-me em alguns momentos. Cheguei a perguntar se eu era tão mau como me faziam crer... Mas não, continuo a ter força para voltar a jogar num grande clube", rematou.