MP italiano acusa vários emblemas, entre os quais a Juventus e o Nápoles, de fraude contabilística na transferência de futebolistas
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A Juventus defendeu-se esta quinta-feira da acusação de fraude contabilística por parte do Ministério Público italiano (MP), que, entre várias personalidades visadas, pediu um ano de suspensão aos presidentes da Vecchia Signora e do Nápoles.
O clube de Turim, de acordo com o Gazzeta dello Sport, questionou o método pelo qual a Procuradoria da Federação Italiana de Futebol (FIGC) está a fixar os valores de mercado considerados justos dos jogadores transferidos recentemente e que estão a ser alvo de investigação.
Na última terça-feira, o MP acusou vários emblemas italianos, entre os quais a Juventus e o Nápoles, de sobrevalorizarem o valor de mercado de vários jogadores, de forma a procederem à venda dos mesmos por verbas superiores àquelas do que correspondem ao valor real.
De acordo com a mesma fonte, o FIGC está a utilizar a plataforma Transfermarkt para determinar o valor justo dos jogadores em questão e determinar ainda quanto os clubes visados faturaram, em comparação. Partindo desse pressuposto, a Juve fez questão de salientar declarações proferidas por Martin Freudl, colaborador do portal na Alemanha, que desvalorizou as avaliações feitas no site.
"Passo parte do meu tempo livre em casa no meu computador e então a indústria do futebol leva a sério essas minhas avaliações. É irreal, sou assistente social, faço essas coisas para a Transfermarkt por diversão, enquanto a indústria do futebol movimenta milhões O contraste é louco", afirmou Freudl, em entrevista ao jornal neerlandês Follow The Money.
Esta quinta-feira marcou o segundo dia do processo judicial em que um total de 11 equipas, distribuídas pela Serie A, B e C enfrentam acusações de fraude contabílistica, com destaque para a Juve, Napóles, Sampdória e Génova, cujos responsáveis compareceram esta manhã no Tribunal Federal, em Roma.
Entre as sanções solicitadas, para além da suspensão de um ano para os presidentes Andrea Agnelli (Juventus) e Aurelio De Laurentiis (Nápoles), também Pavel Nedved, ex-jogador e membro diretivo da Juve e o ex-dirigente Fabio Paraticini, agora no Tottenham, enfrentam possíveis suspensões válidas, respetivamente, por oito meses e 16 meses e dez dias, situação similar à de mais de 60 dirigentes de outros clubes acusados.
As restantes equipas envolvidas no processo são o primo-divisionário Empoli, o Parma e o Pisa, da Serie B e o Vercelli e Pescara, do terceiro escalão transalpino.
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