Causídicos do ex-dirigente, que terá acumulado comissões retroativas sobre três transferências de atletas, entre 2015 e 2016, não receberam resposta positiva a pedido de libertação
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Detido desde 20 de janeiro, Herman Van Holsbeek, antigo diretor-geral do Anderlecht, vai permanecer num estabelecimento prisional belga por mais um mês, enquanto decorre uma investigação sobre fraude e corrupção na qual é suspeito.
Os advogados do antigo dirigente, associado a uma fase das mais áureas do Anderlecht, ao participar na conquista de oito campeonatos nacionais, exigiram a libertação de Holsbeeck, mas as autoridades judiciais recusaram o pedido.
Van Holsbeek é suspeito de ter praticado corrupção, cometer fraude fiscal, proceder ao branqueamento de capitais e de participação criminosa através de uma empresa gerida pelo agente Christophe Henrotay, nomeadamente em três negócios.
Em 2019, relata a Imprensa belga, o ex-diretor-geral do Anderlecht terá acumulado comissões retroativas sobre as transferências de Aleksandar Mitrovic, Chancel Mbemba, em 2015, e Youri Tielemans, no ano seguinte (2016). Estas vendas originaram, inclusive, a detenção de Henrotay, no Mónaco.
Ademais, Holsbeek foi envolvido judicialmente, na semana passada, na operação "Mãos Limpas", a maior investigação sobre match-fixing (combinação de resultados) e corrupção na história do futebol belga, suspeito de suborno e falsificação.
O agente sérvio Dejan Veljkovic acusa o ex-diretor geral do Anderlecht de receber cerca de 200 mil euros, por baixo da mesa, verba essa relativa a transferências, e de ter influenciado o resultado de um jogo crucial com o Brugge, em 2017/18.