Médio português do Légia passou a noite na polícia, foi ouvido e volta esta sexta-feira à Polónia. Sérvio Pankov deve continuar preso nos Países Baixos.
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O caso está a fazer correr muita tinta na Polónia, com os dirigentes do Légia Varsóvia, principalmente o presidente Dariusz Mioduski, a insurgirem-se contra as autoridades neerlandesas, que procederam à detenção do médio português Josué e do defesa sérvio Radovan Pankov na noite de ontem.
Tudo aconteceu após o jogo da Liga Conferência entre o AZ Alkmaar e o Légia (terminou 1-0). À saída do balneário, gerou-se um tumulto, com o presidente dos polacos envolvido nisso, tudo porque, na versão dos visitantes, o roupeiro da equipa terá sido tratado de forma imprópria por seguranças do clube de Alkmaar. Pankov reagiu de imediato e confrontou os referidos seguranças, com Josué a assumir o papel de capitão para seguir os passos do companheiro de equipa.
Os ânimos serenaram, o autocarro do clube até arrancou rumo ao hotel, mas a polícia dos Países Baixos interrompeu a marcha e deu ordem de detenção aos dois futebolistas, acusados de terem agredido funcionários do AZ.
Pankov e Josué seguiram para os calabouços da polícia, onde passaram a noite. O português foi ouvido pelas autoridades esta manhã e acaba de ser libertado, mas o sérvio ainda aguarda ordem para se sujeitar a essas perguntas no âmbito do processo de averiguações, devendo mesmo continuar detido nas próximas horas. Os dois estiveram incontactáveis desde a altura da detenção, apenas havendo informações por parte do advogado neerlandês que o Légia entretanto contratou.
O clube polaco já tomou medidas, pedindo a intervenção da embaixada e da própria UEFA. Certo é que Josué já se livrou do problema e volta hoje mesmo a Varsóvia, enquanto o companheiro de equipa terá um processo mais complicado pela frente.