José Peseiro lembra sucesso de Portugal em França: "Cabeça acima do coração"
Selecionador da Nigéria responde a três questões lançadas por O JOGO antes da final da CAN, contra a Costa do Mafim, às 20h00 deste domingo
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1 O que representa para si jogar esta final?
-Esta é uma final continental, vai ser encontrado o campeão de África. Há uma grande carga política, social e económica sobre todos nós, o que é normal em África. As emoções estão sempre ao rubro nos jogos decisivos. O que sentimos no dia a dia é que existe uma grande carga emocional. Por essa razão, muitas vezes são tomadas decisões nada racionais. Não me posso esquecer da tentativa de agressão ao treinador do Gana ou do que aconteceu depois de a Costa do Marfim ter perdido com a Guiné Equatorial ou os autocarros que foram queimados, etc. Nós estamos focados no que podemos fazer em campo, não nos deixamos perturbar.
2 Qual a principal diferença para outras finais que jogou no passado?
-Esta é muito importante para nós. Fizemos uma aposta desportiva e não financeira, chegar a uma final destas é importante num quadro de investimento na nossa carreira. Nada nos podem dizer sobre o que fizemos até agora. Queremos ganhar esta final, é bom para todos. Ganhar será um ponto alto da minha carreira.
3 Vê como uma vantagem ou desvantagem defrontar a anfitriã?
-Não me parece decisivo jogar contra o anfitrião. Têm o apoio, mas até poderão ter mais pressão. Há exemplos disso. Portugal perdeu com a Grécia, em Portugal, e ganhou à França em França. Há pressão dos dois lados, espero que a cabeça esteja por cima do coração. A cabeça tem de mandar, errar o menos possível, escolher bem as nossas decisões.