Declarações de José Mourinho em conferência de imprensa de antevisão ao Anderlecht-Fenerbahçe, jogo marcado para quinta-feira (20h00) e relativo à segunda mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa. A primeira mão, em Istambul, terminou com uma vitória turca por 3-0.
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Equipa só sofreu um golo nos últimos quatro jogos. Como lidou com as lesões na defesa? “Os jogadores são bons e estão abertos a aprenderem coisas novas e a jogarem em papéis diferentes. Acho que esta cultura tática é algo em que, quando os jogadores são abertos, melhoram imenso e também é o facto de defendermos como equipa, de uma forma compacta, e também tenho de ser honesto: é claro que vou manter esta parte da equipa, mas às vezes também temos um guarda-redes que faz as defesas certas nos momentos certos para nós”.
Em 2025 o Fenerbahçe ainda não perdeu. Mudança de sistema melhorou a equipa? “São muitos fatores, não é só um. Eu disse logo, quando a Champions parou no Natal e Ano Novo, que teríamos a oportunidade para trabalhar e não só para descansar e jogar. Trabalhámos novas coisas táticas nessas duas semanas e depois começámos a segunda metade da época bem, com resultados que nos deram confiança. Ao mesmo tempo perdemos jogadores por lesão, mas o mercado também nos deu jogadores com muito potencial. Todos vem que o Milan [Skriniar] é um jogador de outra dimensão e deu também estabilidade à equipa. Os rapazes estão confiantes, unidos e a crescer não só futebolisticamente, mas também em termos de uma pequena família que podes ter dentro de um clube, as coisas estão a correr bem. Penso que são 10 ou 11 jogos em que não perdemos, mas foco no jogo de amanhã, que é o mais importante por ser o próximo e ainda temos um longo caminho pela frente. A minha experiência na Europa diz que tudo pode acontecer nas eliminatórias e claro que um 3-0 é um resultado hipoteticamente bom, mas temos de acabar o trabalho e para isso teremos de estar bem amanhã”.
Vai pedir conselhos ao ex-médio belga Fellaini, que treinou no Manchester United? “Eu falo regularmente com ele, mas não sobre equipas belgas. Ele é demasiado honesto e leal para me dar dicas contra uma equipa belga. Ele é um dos [seus ex-jogadores] com quem mais falo, mas desejo-lhes a todos o melhor e vocês sabem que no último jogo levei a camisola de Jan [Vertonghen]. Eu não levo camisolas sempre em todos os jogos, a minha casa não é grande o suficiente para isso. Se levei a de Jan, é porque ele significou algo para mim num período estranho para todos, o do covid-19, em que estive com ele no Tottenham. Foi um tempo estranho, mas foi suficiente para ter o privilégio de trabalhar com um tipo de topo como ele. Fellaini tem uma família engraçada e é muito especial para mim, vencemos a Liga Europa juntos, mas, à parte disso, é alguém muito especial. Fico feliz por ele agora ser muito rico, depois de ter estado na China”.