José Boto acusa diretor de invadir balneário e Palmeiras reage: "Mentiroso"

Após a vitória deste domingo do Flamengo em casa do Palmeiras (2-0), de Abel Ferreira (suspenso), no Brasileirão, José Boto, diretor português do “Mengão”, acusou, sem especificar nomes, um dirigente adversário de ter invadido o balneário do árbitro “a pontapé”. 

“É a segunda vez que tenho de vir aqui falar de arbitragem. Não é a nossa maneira de falar, mas depois de ouvir a conferência de imprensa do treinador [adjunto] do Palmeiras e de ter visto um dirigente do Palmeiras, a pontapé, a invadir o balneário do árbitro, temos de vir falar numa objeção”, acusou Boto, depois de um jogo marcado por dois penáltis, a um favor de cada equipa, que causaram polémica. 

Estas palavras foram rapidamente desmentidas por Anderson Barros, diretor para o futebol do Palmeiras: “Se o Boto disse isso, é mentiroso. E vou dizer-lhe isso diretamente. Mentiroso!”. 

Boto também deixou críticas à arbitragem pelo penálti contra a sua equipa, tal como João Martins, treinador-adjunto do “Verdão”, mas em sentido contrário.

“Hoje em dia, o VAR é que manda no jogo. Ramon [Abatti Abel, árbitro] não consegue tomar uma decisão sem que o VAR lhe diga que sim. Antes de vir, assistimos à final da Taça de Portugal, o árbitro marcou um penálti e o VAR não interveio. É clara a regra. Não sei o que gostam de inventar. O que custa cumprir a regra? As regras são para se cumprir e hoje foi claramente um jeitinho brasileiro. O segundo penálti, só me resta rir. Ramon estava a um metro e mandou seguir. Murilo usou o corpo dele para proteger. Ramon teve a coragem de deixar seguir, mas a pressão externa é tanta que o VAR chama e reforça com as imagens. Isso chama-se amadorismo, estamos a dar o nosso melhor todos os dias. Não pode acontecer”, atirou o "vice" de Abel, em conferência de imprensa.