"Joguei no Manchester United durante todo este tempo, não é para qualquer um"

Vantagens de jogar na esquerda: “Quando jogas na esquerda, especialmente sendo destro, quando eventualmente vens para dentro estás a jogar com o teu pé dominante. Temos essa vantagem ao avançarmos no terreno com a bola controlada, ao invés de quando estamos no nosso flanco de origem, quando fletimos para dentro podemos estar confortáveis com o pé esquerdo, mas não é a mesma coisa.”

As rotinas e exigências de um ala: “Enquanto ala, precisas de ser mais proativo porque quando a bola te chega aos pés tu queres “sentir" o lateral. Normalmente, não gostamos quando os laterais estão demasiado ativos porque podemos perder a jogada ou o ímpeto. Tento sempre levá-lo a pensar que vou ficar, e no último momento tento ser mais reativo e ganhar a bola. Às vezes é um bocadinho frustrante para nós laterais quando fazemos dobras aos extremos, em que acabámos de fazer um sprint de 60 ou 70 metros, e eles não nos passam a bola. É bom quando eles reconhecem o nosso esforço, porque acabámos de atravessar o campo todo para lhes dar mais uma opção de passe e, caso percamos a bola, somos nós quem tem de voltar para trás e defender.”

Atacar com Rúben Amorim: “O treinador pede-nos que, sempre que estamos no último terço, tenhamos no mínimo quatro jogadores na área e em condições de finalizar a jogada. Ambos os alas têm de lá estar, e idealmente o avançado centro e os dois números 10.”

Sobre Rúben Amorim: “Espero que ele fique no clube por muito tempo e nos ajude a construir uma nova história no clube, com vitórias e troféus. Posso garantir que este clube vai voltar a ganhar, seja agora ou no futuro. Estou 100% certo disso.”

Chegar ao Manchester United: “Acho que não é algo que se possa ensinar a enfrentar. Mal se chega a este clube, é um choque. Em todos os aspetos, positivos e negativos. E demora algum tempo até conseguirmos encontrar esse equilíbrio para lidar com a pressão e com os altos e baixos.”

Sete épocas no Manchester United: “Levei quatro anos até conseguir começar a jogar nesta equipa de forma regular e consistente. Hoje, estando já há sete épocas no clube, sinto-me orgulhoso do caminho que percorri neste clube e do desenvolvimento que tenho tido, é especial para mim. No final da carreira, não importa quantos troféus ganhei ou se as pessoas gostavam de mim ou não, mas sim este sentimento de que joguei no Manchester United durante todo este tempo. Não é para qualquer um.”