"Jogadores gostam dos elogios nas redes sociais, mas detestam quando leem coisas desagradáveis"
Declarações após o jogo Austrália-Dinamarca (1-0), da terceira jornada do Grupo D do Mundial'2022, disputado hoje em Al Wakrah.
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Graham Arnold (selecionador da Austrália): "Estou muito orgulhoso dos jogadores, do seu comprometimento e espírito de luta. A Dinamarca é uma equipa muito boa, com jogadores que jogam nas grandes Ligas europeias.
O que eu disse aos meus jogadores? Nada de redes sociais até as quatro ou cinco da manhã, que o mais importante era recuperar, dormir bem, e estar pronto para o próximo jogo. Foi isso que lhes disse. Tenho alguma experiência de vida e sei que os jogadores gostam de ver ou ler os elogios a seu respeito nas redes sociais, mas detestam quando leem coisas desagradáveis, e quando isso acontece, não dormem bem. Eu digo-lhes para dizerem piadas, para se rirem antes de ir para a cama, para ouvirem a música pop que gostam.
Estou tão orgulhoso dos rapazes. É a primeira vez que uma equipa da Austrália ganha duas partidas consecutivas num Mundial. Podemos falar de uma nova geração de ouro. Muito se falou sobre a geração de 2006, que se apurou para os oitavos de final com quatro pontos. Ora nós fizemo-lo com seis pontos. Estes meninos estão cada vez mais fortes, mas, ao mesmo tempo, os jogadores mais experientes também cresceram muito para se tornarem líderes. O Mathew Leckie, por exemplo, tem sido incrível nesse aspeto.
A nossa qualificação para os oitavos de final é bom para o futebol asiático, que está cada vez mais forte, especialmente no Médio Oriente, mas também no Japão e na Coreia do Sul".
Mathew Leckie (avançado australiano, autor do único golo da partida): "Chegámos cá a sonhar alto e dissemos para nós mesmos que queríamos passar da primeira fase. Agora está feito.
Muitos jogadores estão exaustos, mas era exatamente isso que tinha que ser feito, que era dar tudo, para conseguir um resultado esta noite que nos garantisse um lugar nos oitavos de final.
Foi um jogo intenso, no qual defendemos muito bem. Começámos devagar, mas fomos entrando no ritmo do jogo aos poucos. Na primeira parte, tivemos espaços para explorar, mas a bola não me chegava, mas depois do intervalo isso mudou. No lance do golo, recuperámos a bola, recebi o passe, fui pela esquerda, chutei e vi a bola a entrar. Não tínhamos o controlo sobre o que estava a acontecer na outra partida [Tunísia-França], por isso tínhamos que vencer. Abordámos o jogo com a mentalidade certa para vencer, fizemos o nosso jogo e eu acho que foi merecido. Jogar um Mundial era um sonho quando eu era jovem. Esperamos ser uma inspiração para os jovens".