João Neves: "Atacar é muito bom, mas a sensação de tirar a bola ao adversário..."
Médio português deu entrevista ao The Athletic
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João Neves convenceu rapidamente Luis Enrique e os adeptos do PSG e tornou-se numa das figuras do campeão francês na primeira temporada no clube. As suas exibições captaram atenção além-fronteiras e o médio português deu uma entrevista ao The Athletic, na qual aborda presente e futuro.
"Atacar é muito bom, mas a sensação de tirar a bola ao adversário... Muitas pessoas e muitos jogadores não acham que essa parte do jogo seja importante, mas se quisermos passar mais tempo a atacar temos de recuperar a bola se a perdermos. Naqueles cinco a 10 segundos em que perdes a bola, tens de dar 120% porque é a melhor maneira de voltares a atacar. Quanto menos tempo tiverem para respirar, melhor! Luis Enrique quer uma equipa que dê 100% nos momentos de ataque e 120% nos momentos defensivos. É por isso que estou aqui e estou a gostar tanto. Disse-me que queria uma equipa que defendesse e atacasse com 11 jogadores. Adorei o que ele me disse", afirmou, revelando o prazer que sente ao jogar nos franceses e ao ser comandado pelo técnico espanhol: "Dá-me muita informação. Posso jogar a central, a ala, a lateral, a médio ou a avançado e não há diferença, porque toda a gente sabe o que todos fazem. Nos treinos, trocamos muito de posições, às vezes jogo a lateral que vem para o meio. Às vezes, o treinador chama-me ao gabinete para me mostrar algumas imagens. Aquilo que fiz bem, o que fiz mal. Sabe que lateral não é a minha posição preferida, mas é muito compreensivo e gosto da forma como faz as coisas."
João Neves abordou ainda as meias-finais da Liga dos Campeões, que arrancam esta terça-feira, com partida contra o Arsenal: "Acho que o aspeto mais positivo do Arsenal é o coletivo, tal como para nós. Vai ser um jogo de futebol muito bom. Acho que eles talvez sejam mais físicos e nós talvez sejamos melhores com a bola. Foram os médios do Arsenal que mais problemas me deram. Odegaard, Rice, Thomas Partey. São espetaculares. Eles têm os seus pontos fortes e nós temos os nossos pontos fortes. É a primeira vez que estou nas meias-finais, por isso já tenho muita sorte. Estou a jogar futebol profissional há dois anos e meio, por isso, para mim, estar aqui já é um feito. Não me imagino a levantar o troféu, mas acho que é algo que pode acontecer. Estou aqui e temos dois jogos para chegar à final. Faltam apenas três jogos, 90 minutos".
O português revelou até o seu pequeno-almoço, bem francês: "Quase todas as manhãs como um croissant. É impossível não comer! E quando cheguei aqui, toda a gente me falava e eu pensava em inglês. Agora, já penso em francês. Adoro a língua. Gosto muito de aprender, compreender e falar francês. Tenho um amigo francês, então ele ajudava-me."