Ex-internacional uruguaio aconselha cautela aos charruas diante do Gana e, sobre Portugal, vê a fornada de novos talentos como um bom complemento aos veteranos Pepe e Ronaldo.
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Diego Forlán, um dos melhores jogadores uruguaios de sempre, não ficou satisfeito com a derrota da Celeste diante de Portugal, nesta última segunda-feira, mas, em conversa com os jornalistas lusos, não hesitou na hora de enaltecer a grande qualidade da equipa das Quinas. O antigo avançado falou "numa equipa jovem" e, questionado por O JOGO, abordou a situação contrastante de João Félix: em bom plano no Mundial, continua a sentir dificuldades em marcar posição no Atlético de Madrid.
"É um bom jogador, tem muita qualidade, o Atlético pagou muito dinheiro pela transferência dele e não tem jogado aquilo que todos imaginavam. Ainda é jovem, dizem que pode sair do clube e, indo para outra equipa, poderá ter a continuidade que não teve no Atlético. Aí, poderá ter um rendimento superior", vaticinou.
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Ainda em relação a Félix, Forlán utilizou o percurso de um ex-companheiro de equipa, no Inter de Milão, como exemplo de que, por vezes, a mudança é o melhor caminho a seguir.
"Acontece muitas vezes. Um jogador não joga tanto num determinado país, não corresponde ao que era esperado e, quando chega a outra equipa e a outro campeonato começa a jogar e muito bem. Há um exemplo claro: o Philippe Coutinho, no Inter, que quando foi para o Liverpool virou um jogador excecional", prosseguiu o ex-internacional pelo Uruguai.
A propósito de João Félix, Forlán considerou, também, que os jovens talentos de Portugal são a chave para continuar a permitir que nomes mais veteranos, como Pepe e Cristiano Ronaldo, continuem a brilhar.
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"Confesso que não os tenho visto jogar muito na seleção, mas Portugal tem jogadores jovens, muito bons, e isso também ajuda esses jogadores muito experientes", afiançou, antes de lançar o possível desfecho do Grupo H do campeonato do Mundo.
"Portugal e Uruguai apurados? Nós temos de jogar o último desafio com o Gana, que ganhou à Coreia do Sul e ficou com três pontos [o Uruguai tem um] e, hoje em dia, o futebol está muito equilibrado. Toda a gente fala de Portugal e Uruguai nos dois primeiros lugar, mas temos de ter cuidado", rematou Forlán, cauteloso.