"João Félix não é jogador de futebol. É uma máquina de fazer dinheiro"

Jen Mendelewitsch, agente de futebol, comentou este domingo de forma bastante frontal a iminente transferência de João Félix do Chelsea para o Al Nassr, de Jorge Jesus, Cristiano Ronaldo e Otávio, que ganhou a corrida ao Benfica. 

Em declarações à rádio francesa RMC Sport, a empresária acusou o avançado internacional português de não assumir as rédeas da sua carreira, considerando que um regresso ao Benfica "teria feito mais sentido" do que rumar à Arábia Saudita aos 25 anos. 

"João Félix não é jogador de futebol há muito tempo. É uma impressora. É uma máquina de fazer dinheiro e com a própria permissão, já que ele não se revolta. Há muito tempo que devia mandar na sua carreira e não permitir que as pessoas decidam por ele e mandem-no para projetos que não lhe agradam. Quando conheces o potencial que tem, é triste, mas é um exemplo do que não se deve fazer quando se é um jovem jogador com potencial. Foi para o Atlético de Madrid por 126 milhões de euros, num clube onde não encaixava no modelo de jogo, e depois o Chelsea gasta 50 milhões", começou por dizer, refletindo sobre a forma como Félix tem “saltado” de clube nos últimos anos, sem nunca se afirmar definitivamente em nenhum.

“Podemos fazer todas as perguntas possíveis. A culpa é de todos, na verdade. O jogador decidiu deixar-se levar por projetos que não lhe agradam e estou a tentar defendê-lo um pouco, mas Atlético de Madrid, Chelsea, Milan... Tentou relançar-se no Barcelona, teve um bom período com Xavi. O que quero dizer é que são clubes atraentes para ele se recuperar. Há quem fale em mercenários do futebol, outros falam em vítimas do negócio. Em qualquer dos casos, é o exemplo perfeito das armadilhas nas quais muitos jovens com qualidade podem cair. Havia rumores de que iria voltar ao Benfica e teria feito um pouco mais de sentido, mas acho que ele não queria fazer esse sacrifício financeiro. Então, João Félix é responsável pelo caminho que está a tomar”, completou.