João Félix apresentado no Milan: Kaká, Conceição, Rui Costa, Leão e o interesse do Inter
João Félix, avançado que o Chelsea emprestou ao Milan, foi apresentado oficialmente, em conferência de imprensa, como reforço dos rossoneri, esta segunda-feira
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Primeiros dias no Milan: "Uma semana fantástica com duas vitórias, com um golo marcado em San Siro. Quando se chega a Milão, percebe-se porque é que é um dos maiores clubes da Europa."
Comparado a Kaká: "Ele é o meu jogador preferido de todos os tempos. Nunca falei com ele sobre o facto de eu vir para cá, mas já falei com ele no passado. Conheci-o nos EUA e fiz uma entrevista com ele. Ele é um ídolo. Não posso comparar-me a ele, mas só posso esperar alcançar no Milan o que ele fez."
João Félix, Christian Pulisic, Rafael Leão e Santiago Giménez ao mesmo tempo em campo é sustentável? "Sim, claro. Não sei se é normal ou não, mas normalmente as pessoas enfatizam a importância da defesa. Mas isso não quer dizer que, com quatro atacantes, não haja defesa. Nós somos avançados, mas quando chega a altura de defender, estamos lá para fazer a nossa parte também. Ajudamos na defesa, procuramos o equilíbrio, como se viu na segunda parte contra o Empoli. Defendemos bem e atacámos bem - é possível fazer as duas coisas."
Ser treinado por Sérgio Conceição: "Já conhecia o treinador, até joguei contra ele. Quando saí de Portugal, continuei a segui-lo. Disse-lhe que gostaria de jogar no meu papel, mas não pedi para jogar muito. Isso convenceu-me a vir para Milão. Já o conhecia, sei como jogam as suas equipas, gosto muito, e é também por isso que estou aqui."
Gostaria de ficar no Milan para além do seu empréstimo? "Para já, estou emprestado até junho. Veremos como correm as coisas. Neste momento, estou a gostar muito de tudo: do clube, das pessoas, das instalações. Fui muito bem recebido, tanto eu como a minha família. Sinto-me bem aqui, mas sabemos que no futebol as coisas podem mudar rapidamente. Se houvesse a possibilidade de ficar no Milan, gostaria de o fazer. Em todos os clubes, tive a expetativa de jogar o meu melhor, e se as coisas não correrem como planeado, é importante ser persistente."
Recebido por Rafael Leão: "Devo dizer que ele foi o primeiro a telefonar-me para me perguntar se era verdade que eu vinha. Perguntou-me se eu ia assinar ou não. Assim que assinei, ele ligou-me e ficou muito contente. Temos uma boa relação e já nos entendemos bem dentro de campo. Gosto de o ter ao meu lado."
Rui Costa também jogou no Milan: "Claro que conheço o Rui Costa. Quando joguei no Benfica, ele estava a trabalhar lá e agora é o presidente. Falei muito com ele quando estava no Benfica, mas nos últimos anos não temos tido muito contacto. Não me lembro quando é que ele jogou no Milan, o que sei vi no YouTube. Mas sei que ele é um ídolo aqui, tal como o Kaká, que fez história."
O Inter também estava interessado? "Sim, o meu agente falou-me disso. Ele disse que o Inter estava interessado. Mas eu já tinha começado a negociar com o Milan e já tinha decidido vir para cá. Eu disse que seria impossível, que já tinha decidido vir para o Milan."
Ambiente em San Siro: "Adorei imediatamente o ambiente de San Siro. Vivi um ambiente semelhante no Benfica e no Atlético de Madrid, mas devo dizer que aqui foi diferente. Não esperava uma receção tão grande, sentia-se o carinho dos adeptos. Um ambiente incrível e espero que continue assim."
Joga com o número 79: "A verdade é que é um número a que estou muito ligado, o meu primeiro número como profissional. É um número especial, estará sempre presente na minha carreira. Sempre gostei dele. 79, 14, 11, 7... Os números não têm muito impacto, mas este é especial."
Objetivos: "O meu objetivo é ajudar o clube e a equipa a conquistar títulos. A carreira de um jogador é feita disto: títulos. O importante é ganhar e é esse o meu objetivo. Enquanto estiver aqui, o meu objetivo é ganhar títulos e nada mais."
O futebol italiano: "Ainda é muito cedo para dizer. Há marcação, o que considero positivo porque, com os movimentos certos, é possível encontrar espaço. Notei que as equipas são agressivas, já esperava isso. Há muitos duelos."
Golos ou assistências? "Não há dúvida, prefiro marcar golos. Se tiver de ficar na história do Milan, prefiro pelos golos e não pelas assistências."