Jesus e Mourinho moldaram Rúben Amorim: dos três centrais aos laços com o grupo
Treinador do Manchester United destaca papel importante dos dois compatriotas no seu estilo de jogo. Numa entrevista à UEFA, a dois dias da final da Liga Europa, o líder dos red devils fala de diversas influências, incluindo nelas a escola neerlandesa dos três centrais ou a tática italiana de duas linhas defensivas.
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Convidado pela UEFA a desvendar um pouco de si próprio, Rúben Amorim realçou a importância que Jorge Jesus e José Mourinho tiveram para a sua carreira. Sobre o primeiro, confidenciou ter “sido influenciado” por ele, “que por sua vez também foi influenciado pelos neerlandeses”, como Cruijff. E foi neste, segundo conta, que se baseou para ter as suas equipas a jogar com uma “linha de três centrais” na defesa. Ao mesmo tempo, agrada-lhe também “a forma italiana de defender, com uma primeira linha de defesa e depois uma segunda linha”. “É uma combinação de diferentes tipos de futebol”, acrescenta, quanto às suas equipas, confidenciando depois que tentou imitar Mourinho em muitas coisas. “Sou o tipo de pessoa que gosta de criar laços. Assim consegue lidar-se melhor com os grupos do que mantendo a distância. Mourinho influenciou-me muito nisso”, contou o líder do Manchester United, dois dias antes da final da Liga Europa, frente ao Tottenham, num jogo que pode salvar-lhe a época.
O carácter decisivo do duelo levou-o já a passar uma mensagem frontal aos jogadores: “As finais são para se ganhar! Ser finalista para nada conta”, disse, utilizando como exemplo a final da Liga Europa que perdeu como jogador, pelo Benfica, em 2013/14, frente ao Sevilha: “Foi um jogo muito especial, mas quando tento recordar momentos específicos dele, não consigo. O que sei é que não retirei nada do jogo, nada. Não posso nunca dizer que fui finalista. Não quero dizer isso! Estes jogos têm que ser ganhos e, quando não os ganhas, não fica mais nada senão a tristeza”.