Javier Tebas dá solução para o racismo: "Seria bom pensar em tirar pontos"
Presidente de LaLIga deu uma conferência com o caso de racismo contra Vinícius como tema central
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Já falou com Vinícius depois do caso de Valência? "Após os acontecimentos de Valência, não falei com ele. Não tenho qualquer objeção a fazê-lo quando ele o considerar apropriado. Espero que ele continue no futebol espanhol e mostraremos que esta organização luta contra o racismo. Não concebo o racismo. Compreendo que Vinicius esteja frustrado, mas não compreenda as competências. Estamos muito conscientes desta luta e o jogador está a ser sujeito a estes insultos porque é um grande jogador. Protegemos os jogadores de qualquer raça, país ou condição".
Racismo no futebol espanhol: "Não somos racistas, repito. Temos sempre de fazer mais para resolver o problema. A excelência tem de ser algo habitual e tem de ser levada a cabo nesta matéria".
Abandonar o relvado quando se é alvo de racismo: "Se o jogador se sentir afetado, é claro que o encorajo".
Tomar medidas: "Em primeiro lugar, medidas preventivas como a vigilância do estádio. Depois, fechar uma parte das bancadas. Certamente que se cometerá alguma injustiça, mas é a solução. Amanhã será enviada uma comunicação a pedir uma alteração da lei de 2007 e a solicitar competências. Estamos também a estudar a possibilidade de introduzir medidas sancionatórias muito novas. O protocolo é a conduta que deve ser adotada pelas autoridades desportivas, que são os árbitros. O atual é bom. Em Espanha, a sanção de retirada de pontos não existe como em Inglaterra. Seria bom pensar nesta medida".
Aumento das queixas e denúncias: "Os grandes jogadores são alvo da ira de insultos racistas. O Vinicius é o melhor jogador da nossa competição e é alvo da ira dos fanáticos. É por isso que colocámos uma vigilância especial nos jogos fora de casa do Vinicius. Ele gera esse tipo de animosidade. Outro erro é achar que ele provoca. Não provoca. Já aconteceu com o Cristiano e o Messi. Não é porque ele é um provocador."
Mensagem a Vinícius: "Eu explicava-lhe tudo o que fazemos. Sinto-me frustrado porque sei que não está a ser feito como deve ser em função das competências. Explicava-lhe estas questões porque estava levei um desgosto muito grande. Vinicius vai ser Bola de Ouro no futuro. É um activo muito importante para o Real Madrid e para a sua selecção".
Luta contra o racismo: "A batalha começou há anos. As competências no domínio disciplinar são da federação, não da LaLiga. Começámos a queixar-nos há mais de dois anos. Fomos para o nível judicial porque começaram os crimes de ódio. Isto começou em 2020. Aqui lutamos contra qualquer insulto, seja ele racista ou homofóbico. Lembro-me de gritos no passado contra outros jogadores e isso deu início a uma batalha que ganhámos. Tive de andar com um acompanhante durante algum tempo. Foi um duro golpe."
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