Jardim arrasa arbitragem e admite deixar o Brasil: "Não quero isto para mim"
Cruzeiro empatou em casa do Palmeiras, orientado por Abel Ferreira
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No grande jogo da ronda 30 do Brasileirão, Palmeiras e Cruzeiro empataram sem golos, resultado que permitiu à formação de Abel Ferreira isolar-se na liderança, beneficiando da derrota (1-0) do Flamengo em casa do Fortaleza.
Após o apito final, Leonardo Jardim, treinador do Cruzeiro, não poupou críticas à arbitragem e admitiu mesmo repensar a continuidade no futebol brasileiro. "Dizem-me bem-vindo ao Brasil, mas eu não quero isto para mim, porque eu gosto de controlar o jogo, eu gosto que o papel dos jogadores seja o responsável pelos resultados dentro de campo", afirmou, citado pelo Globoesporte.
"Acho que aconteceram muitas coisas, não vale a pena relatar porque vocês viram. Desde o Kaiki, que tem o lábio todo inchado e não houve paragem de jogo. Em qualquer lance da primeira parte, estava um jogador do adversário no chão. O Fabricio, acho que não fez falta nenhuma. Quem faz falta é o adversário, ele roda, bate nas pernas, a expulsão, as dualidades de critérios", enumerou.
O Cruzeiro ficou com menos um homem ao minuto 71, por expulsão de Fabrício Bruno, e pediu um vermelho para Gustavo Gómez, do Palmeiras, ao invés do amarelo por falta sobre Wanderson.
"De manhã eu estava com o Gabriel [Gabigol], e ele perguntava se o Brasil está no top 5 das minhas experiências internacionais. Eu disse não. Não estou aqui para puxar o saco a ninguém. Enquanto um grupo de profissionais estiver a ser gerido ou arbitrado dentro de campo por um conjunto de amadores, enquanto não houver um sindicato dos jogadores forte para defender os interesses dos atletas sobre o calendário, enquanto não houver essas coisas todas, não vamos entrar no top 5", atirou.
O Palmeiras lidera com 62 pontos, seguindo-se Flamengo (61) e Cruzeiro (57).

