Jackson Martínez, avançado colombiano que brilhou ao serviço do FC Porto entre 2012 e 2015, em longa entrevista ao jornal As.
Corpo do artigo
Depois de sair do FC Porto, em 2015, Jackson passou por Atlético de Madrid e pelos chineses do Guangzhou Evergrande, regressando depois ao futebol português pelas portas do Portimonense, que representou durante duas épocas. Agora, leva meses sem competir, mas garante que, ao contrário do que muitos possam pensar, o adeus ao futebol ainda não é um dado consumado.
"Levo alguns meses fora dos relvados, desde que acabei o contrato com o Portimonense, e já se pensa que deixei o futebol, mas ainda não tomei essa decisão. Em dezembro vou voltar a treinar e quando perceber qual é o meu estado, depois das lesões que tive e que me privaram nos últimos anos de ter uma certa regularidade, decidirei se posso voltar a jogar ou não. É certo que a opção do Independiente de Medellín esteve muito perto de concretizar-se, mas não se fechou por várias circunstâncias", começou por dizer ao jornal As, antes de explicar a lesão que o continua a atormentar.
"A cartilagem do tornozelo está seriamente danificada e formaram-se edemas ósseos que desde 2015 não me têm permitido ter uma certa regularidade na hora de treinar e jogar. Não estou totalmente recuperado da lesão, embora neste tempo que levo sem jogar esteja muito bem. Tenho feito treinos sozinho, mas de baixo impacto. Senti uma melhoria considerável e espero continuar a evoluir", afirmou.
Sobre o que mais o incomoda, o colombiano não tem dúvidas:
"As dúvidas sobre a minha capacidade não me incomodam tanto porque demonstrei o meu valor durante muito tempo. O pior foi, sem dúvida, as lesões. Depois de dois anos praticamente sem jogar, fui para o Portimonense, um clube pequeno da Liga portuguesa, para voltar a crescer, para voltar a sentir-me futebolista. Jogava a 60 por cento, porque não podia correr sem dor, quando saltava tinha de cair sobre o pé direito... Isso foi na primeira temporada, mas a segunda foi ainda mais difícil. Não conseguia sequer dormir depois de cada jogo. Agora é quando durmo bem", concluiu.