Declarações de Andrés Iniesta, que confirmou esta terça-feira o seu final de carreira enquanto futebolista, aos 40 anos, numa conferência de imprensa realizada em Barcelona
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Retirada dos relvados: “Nunca pensei que este dia chegaria, mas todas as lágrimas destes dias são lágrimas de emoção, de orgulho, não são de tristeza. São lágrimas daquele menino de Fuentealbilla que tinha o sonho de ser futebolista. E consegui-o, conseguimo-lo, com muito sacrifício e esforço, sem nunca desistir. Esses são valores imprescindíveis na minha vida e sinto-me muito orgulhoso deste caminho. Sinto-me muito feliz por conseguir o prémio, o sonho, de ser futebolista”.
Formação na academia do Barcelona: “A La Masía mudou-me para sempre, era o melhor lugar onde podia estar para potenciar os valores que tinha de ter na minha vida. Agradecer aos professores, companheiros... foi um lugar que marcou a minha vida. Vir para o Barça foi um sonho e foquei-me para não me desviar. Cheguei ao melhor lugar possível”.
Subida até à equipa principal do Barça: “Ver o Camp Nou cada tarde, cada manhã, a partir da La Masía e depois chegar com todos os jogadores como Puyol, Piqué, Rivaldo... Um dia Luis Enrique passou de carro, conhecia-me por alto, mas dei-me com ele. Ele fez a assistência do meu primeiro golo, foi meu treinador...”.
Sagrou-se bicampeão europeu por Espanha e marcou o golo que deu o primeiro Mundial à sua seleção: “A minha outra pele é a seleção. Seguramente que remontamos aos últimos títulos, mas para mim começa com 15 anos. Todas essas tardes de treino, os companheiros com quem cresci... O meu caminho é um agradecimento a todas as pessoas que encontrei. Tive o privilégio de estar na melhor época da minha seleção e uma menção especial a Luis Aragonés, Del Bosque e Lopetegui por esse respeito que tiveram para comigo. Tudo se resume a essa foto, a esse golo do Mundial, mas esse golo marcámo-lo todos. Os que lutaram, os adeptos, todos os jogadores. A magia de todos tornou-o possível. E a magia de [Daniel] Jarque [futebolista catalão que morreu de ataque cardíaco em 2009, um ano antes da conquista do Mundial por Espanha], que nos ajudou desde onde está. É uma honra ter estado nesta etapa”.