Infantino sugere que Mundial bienal pode ajudar africanos a evitar atravessar o Mediterrâneo
Presidente da FIFA proferiu declarações que estão a dar polémica. Infantino sugeriu que um Mundial a cada dois anos poderá ajudar a evitar que os africanos atravessem o Mar Mediterrâneo em busca de uma vida melhor.
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Gianni Infantino, presidente da FIFA, sugeriu esta quarta-feira que os benefícios sociais e económicos de um eventual Mundial de futebol a cada dois anos poderia dar "esperança aos africanos" e evitar que refugiados atravessassem o Mediterrâneo arriscando "morrer no mar".
O dirigente falou no Conselho da Europa, em Estrasburgo, França, e salientou que um Campeonato do Mundo bienal daria oportunidades a pessoas de todo o Mundo.
"Percebo que na Europa há um Mundial duas vezes por semana, porque os melhores jogadores estão lá. Por isso, na Europa não há necessidade de haver mais possibilidades e mais eventos. Mas se pensarmos no resto do Mundo e na grande parte dos países da Europa que não têm os melhores jogadores e as melhores competições, então temos de pensar naquilo que o futebol pode trazer, no que vai para além do desporto", começou por dizer.
"Temos de encontrar formas de incluir o resto do Mundo. Para dar esperança aos africanos, para que não tenham de atravessar o Mar Mediterrâneo na esperança de encontrar uma vida melhor. Mas, provavelmente, morrerem no mar. Temos de dar dignidade e oportunidades, não através de caridade, mas sim permitindo que o resto do Mundo participe [nos maiores eventos]", continuou.
"Vamos discutir qual é a melhor maneira de sermos mais inclusivos, de não apenas falarmos de discriminação, mas de agirmos a esse respeito. Sendo inclusivos, trazendo toda a gente a boro, tentando dar oportunidades, esperança e dignidade a todo o mundo", reforçou.