Infantino admite mudança na lei de fora-de-jogo: "Pode permitir que o jogo seja mais ofensivo"

This file photo taken on December 21, 2019 shows FIFA President Gianni Infantino looking on during the 2019 FIFA Club World Cup Final football match between England's Liverpool and Brazil's Flamengo at the Khalifa International Stadium in the Qatari capital Doha. - FIFA's ethics committee on August 19, 2020, decided to close a case against president Gianni Infantino over possible ethics violations following a preliminary investigation by its investigatory chamber. (Photo by Giuseppe CACACE / AFP)
AFP
Líder da FIFA referiu sugestão do diretor de desenvolvimento Arséne Wenger, que põe fim ao assinalar de posições irregulares por escassos centímetros, e argumentou com estudo feito à Premier League
Corpo do artigo
Gianni Infantino, presidente da FIFA, admitiu, esta sexta-feira, que está a ser estudada pelo International Board (IFAB), órgão que determina as leis da modalidade, uma mudança da regra de fora de jogo, por sugestão do diretor de desenvolvimento do organismo.
"Está a ser estudada porque queremos que o futebol se torne mais ofensivo a cada dia. Em 135 anos de história, só foi alterada duas vezes. Arséne Wenger apresentou-nos uma possibilidade, que é a de não haver impedimento se o atacante for realmente um avançado, mas uma parte do corpo com a qual um golo pode ser marcado tem de estar em linha com o defesa", afirmou Infantino, após a última reunião do IFAB, que ditou novas alterações às leis de jogo.
O responsável máximo da FIFA, órgão que tutela o futebol a nível mundial, sustentou a possibilidade de alteração regulamentar com a evocação de um estudo feito ao decurso dos jogos da Premier League.
"Dos quatro foras de jogo que existem em média em cada jogo [em Inglaterra], apenas dois estariam fora-de-jogo com a mudança da regra, algo que pode permitir que o jogo seja mais ofensivo. O impedimento semiautomático está a ser testado e foi utilizado no Mundial de Clubes. Reduz consideravelmente o tempo necessário para decidir se está fora de jogo", referiu o dirigente.
Em fevereiro de 2020, Arséne Wenger, diretor de desenvolvimento mundial da FIFA, havia sugerido a modificação da regra de fora-de-jogo em vigor com o objetivo de pôr fim ao assinalar de posições irregulares por escassos centímetros.
"Um jogador não estará em fora de jogo se qualquer parte do corpo com a qual este possa marcar um golo se encontre em linha com o último defesa, mesmo que outras partes estejam mais à frente", declarou, há mais de um ano, o ex-timoneiro do Arsenal.
Atualmente, a lei do fora de jogo determina que deve ser assinalada infração caso o jogador que receba a bola no meio campo adversário esteja pelo menos com uma parte do corpo com a qual possa marcar um golo (cabeça, tronco e membros inferiores) à frente do penúltimo jogador adversário.
