Infância de Abel Ferreira recordada no Brasil: "Era um gajo de quem eu gostava mesmo"
Natural de Penafiel, onde fez a formação, Abel Ferreira esteve perto de deixar de jogar futebol. Manuel Potinho, antigo treinador do agora treinador do Palmeiras, convenceu-o a continuar.
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O GloboEsporte publica, esta sexta-feira, uma reportagem sobre Abel Ferreira, treinador português que comanda o Palmeiras. O jornal brasileiro procurou conhecer as raízes do antigo lateral-direito e chegou à fala com Manuel Potinho, que foi treinador do timoneiro do Mengão em Penafiel.
Foi nos durienses que Abel iniciou a formação, no clube da terra, e, a dada altura, Miguel Leal, que era o atual treinador nas camadas jovens do Penafiel, quis que Abel deixasse o meio-campo para se mudar para a direita da defesa. O jovem não gostou, a reação não foi boa, e ameaçou até deixar o futebol. Mas Manuel Potinho entrou em ação...
"Ele era um jogador raçudo, gostava dele. Um gajo de quem eu gostava mesmo. Nos juniores, o Abel desapareceu, eu estive 15 dias seguidos a ir a casa dele, chatear-lhe a cabeça. Ele dizia que só queria estudar. 'Fazes mal, tens uma qualidade extraordinária, podes ser um grande jogador', disse-lhe. Martelei-lhe a cabeça até ele voltar. E hoje é o que é, em parte graças a mim, porque insisti com ele", lembra o antigo técnico ao GloboEsporte.
Abel subiu depois à equipa principal rubronegra, onde jogou de 1997 a 2000, e depois foi vendido ao V. Guimarães. Em 2004 foi para Braga e, em 2006, mudou-se para o Sporting.
Nas últimas férias, depois de conquistar a Taça Libertadores pelo Palmeiras, o treinador esteve em Penafiel e assistiu a um jogo da equipa da Liga SABSEG. Voltou depois ao Brasil, ainda sozinho, mas com a expectativa de que a esposa e as filhas se juntem a ele num futuro próximo.
A encerrar, Manuel Potinho, desejou apenas que Abel Ferreira "seja feliz". "Só quero que seja feliz e que dê toda a felicidade ao povo do clube dele. É um grande clube, não vejo pessoas com a alegria daquele clube. Maravilhoso, cantam, dançam... Está tudo nas veias daquela gente, isto é que é viver", afirmou.
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