Treinador português insiste na ideia do Chelsea não ser candidato ao título esta época. Mas sublinha que estará à espreita de um deslize do Manchester City e Arsenal.
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Nem a felicidade pelo triunfo na casa do Manchester City levou José Mourinho mudar a toada do seu discurso prudente sobre a luta pelo título. Apesar da desvantagem para o líder Arsenal ser de apenas dois pontos, o treinador português insiste que o Chelsea não é candidato ao triunfo na Premier League esta época, sim na próxima, por considerar que o importante agora é fazer os seus jogadores evoluírem . Ainda assim, deixa o alerta que a sua equipa aproveitará qualquer erro que Arsenal e Manchester City cometam.
"Na próxima pré-época, eu e os meus jogadores iremos dizer abertamente que somos maduros, sólidos desde o primeiro dia e candidatos ao título. Esta época tem a ver com a evolução", começou por salientar Mourinho no flash interview.
"Nós podemos [vencer o título] se eles [Manchester City] o perderem. O Arsenal está a trabalhar há muitos, muitos anos na evolução da sua equipa. O que nós estamos a fazer esta época é aquilo que o Arsenal está a construir há muitos anos. Não significava nada para nós chegar aqui estacionar o autocarro e vencer por 1-0 com um lance de sorte. A evolução é mais importante", salientou Mourinho, que não poupou elogios aos seus jogadores.
"Este jogo foi um passo importante nesse sentido. Não é bom para a evolução da equipa jogar no campeonato a dez ou 15 pontos dos líderes, não é bom para a evolução jogar na Liga Europa. Precisamos de objetivos grandes, deste tipo de jogos, com a pressão que sentimos hoje. Batemos a melhor equipa duas vezes na Premier League e os jogadores jogaram com um espírito fantástico. Quando o City tinha a bola foram muito humildes e dispostos a trabalhar bem defensivamente. Quando a bola era nossa tentámos jogar e fizemos isso bem", sublinhou Mourinho, destacando, entre outros, o trabalho que Azpilicueta fez "contra o Speedy González, porque o Jesús [Navas] é inacreditavelmente rápido" e Ba, que entrou no último minuto. "Esperava que o Hart subisse para um último canto e por isso disse ao Ba para o marcar. O Hart não subiu, mas foi o Ba quem cortou o canto. Jogou um minuto, mas deu uma contribuição fantástica", reforçou Mourinho