Ibrahimovic e o lado mais pessoal: "Onde estava Deus quando o meu irmão morreu?"
O avançado sueco concedeu uma entrevista à Vanity Fair
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Zlatan Ibrahimovic concedeu uma entrevista à edição italiana da revista Vanity Fair, na qual abordou diversos temas, desde os desportivos aos mais pessoais.
Um suposto regresso do avançado ao Milan foi sempre motivo de conversa e o sueco, que atua no LA Galaxy, não descarta uma transferência para Itália.
"Há interesse, mas ainda ficaria mais um ano aqui em Los Angeles. Que eu gosto do Milan não é segredo, passei lá dois anos muito bons e não quis sair, mas, como explico no meu livro, forçaram-me a ir para o PSG. Vencemos, tornamo-nos numa equipa de topo, um clube com uma atmosfera fantástica. Era a velha guarda, jogadores incríveis com quem tive a sorte de jogar e vencer. E em Itália vencer é tudo. Cheguei ao Milan proveniente do Barcelona, onde estava triste, mas em Milão restituíram-me o sorriso. Não digo que não volto, nem que não volto. Veremos", afirmou o avançado sueco.
Num ponto de vista mais pessoal, Zlatan explicou a relação que tem com a fé, já que é filho de um pai muçulmano e de uma mãe católica.
"Eu sou o meu Deus. E quem é mesmo Deus? Quando o meu irmão morreu [Sapko faleceu aos 40 anos, vítima de cancro], onde estava Deus para o salvar? É só um exemplo, mas eu acredito no respeito e na disciplina. Se tu me respeitas, eu respeito-te a ti, não me interessa a tua religião", acrescentou Ibrahimovic, filho de um casal bósnio-croata que emigrou para a Suécia, onde o jogador nasceu.
"Acredito que, com o meu trabalho, abri a porta a muitas pessoas como eu, que não se sentiam queridas ou bem-vindas, os imigrantes."
Zlatan deixou ainda elogios à esposa, Helena, onze anos mais velha: "Teve grande paciência, não é fácil estar perto de mim. Se fosse mais nova provavelmente ter-me-ia deixado, ou teria eu feito isso."