Homossexualidade no futebol: médio da Sampdória comoveu o Parlamento Europeu
Albin Ekdal foi convidado para debater o tema "Desporto e Homofobia, um desafio por vencer". O calendário da Sampdória não lhe permitiu estar presente, mas, enviou um vídeo a defender o direito a cada um de ser como é e a viver a paixão do futebol profissional.
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"Que tipo de sociedade somos se um rapaz não pode seguir o seu sonho de se tornar futebolista por causa da sua orientação sexual?" A questão foi colocada por Albin Ekdal, internacional sueco da Sampdória, num vídeo enviado ao Parlamento Europeu, no âmbito de um debate dedicado ao tema "Desporto e Homofobia, um desafio por vencer". Impedido de estar presente na iniciativa, devido ao calendário da equipa no campeonato italiano, o médio, 30 anos, gravou uma declaração em vídeo e, em apenas 1:54, resumiu os argumentos para combater discriminação em função da preferência sexual.
https://d3t5avr471xfwf.cloudfront.net/2020/02/_contro_lomofobia_albinekdal_al_parlamento_europeo_ogni_volta_che_un_ragazzo_smette_di_inseguire_il_suo_sogno_per_via_del_suo_orientamento_20200205130333/hls/video.m3u8
O vídeo, difundido pela Sampdória nas redes sociais, encerra uma mensagem clara e emotiva. Eis as palavras de Albin Ekdal: "Num mundo ideal, ninguém se sentiria desconfortável ao dizer que é homossexual, seja na vida quotidiana ou no futebol. Infelizmente, a realidade é diferente. No nosso desporto, apenas oito jogadores assumiram a sua homossexualidade, um número extremamente pequeno. Muitos queriam fazê-lo, mas, não se sentem livres para o fazer por medo de reacções negativas. É um ambiente em que a homofobia é importante e esses jogadores têm medo de se tornarem alvo de insultos e de abuso, tanto dentro como fora do campo. Em resultado disso, sentem-se obrigados a ir embora, a esconder-se e a viver com medo. Por isso temos de lutar contra este problema; usando a educação como uma força para o bem. Que tipo de sociedade somos se um rapaz não pode seguir o seu sonho de se tornar futebolista por causa da sua orientação sexual? De cada vez que um jovem arruma as chuteiras e deixa de jogar porque não é aceite pelo balneário, o clube ou os que o rodeiam é um derrota para o mundo do futebol. Ser homossexual não te define como pessoa, apenas por quem te sentes atraído. Cada um de nós é parte da espécie humana e temos uma paixão comum: amamos o futebol e isto é o mais importante para nós".