"Homossexualidade é um problema de saúde mental", diz embaixador do Mundial'2022
Antigo futebolista e embaixador do Mundial do Catar, Khalid Salman, disse que os homossexuais terão de "aceitar as regras" vigentes naquele país durante a realização do torneio.
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Khalid Salman, antigo futebolista e embaixador do Mundial'2022, no Catar, está no centro de uma polémica após ter dito que a homossexualidade é um "problema de saúde mental". O antigo internacional catari referiu que não é um "muçulmano conservador", mas lembrou que a homossexualidade é ilegal naquele país asiático.
"Relativamente aos homossexuais, o mais importante é aceitar que todos venham, mas terão de aceitar as nossas regras. A homossexualidade é proibida aqui", apontou, sendo depois questionado pelo jornalista da televisão alemã ZDF sobre o motivo pelo qual é proibida. "A homossexualidade é um problema de saúde mental", respondeu.
Nesse momento, a entrevista foi suspensa, de acordo com a Reuters.
Recorde que o emir do Catar, Sheikh Tamim bin Hamad Al-Thani, garantiu, em setembro, que todos os membros da comunidade LGBT+ serão recebidos no país, durante o torneio, "sem discriminação".
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Recentemente, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, respondendo às preocupações sobre o respeito pelos direitos das mulheres e da comunidade LGBT+ durante a competição, reiterou que "todos serão bem-vindos, independentemente da sua origem, formação, religião, género, orientação sexual ou nacionalidade" e considerou que o torneio será "o melhor de sempre, dentro e fora do campo".
O Catar recebe o Mundial entre 20 de novembro e 18 de dezembro.