Vladimir Dolgopolov jogava no Zenit quando conheceu Natalia, a esposa que, em setembro de 2014, morreu na sequência das suas agressões.
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Vladimir Dolgopolov, antigo jogador do Zenit de São Petersburgo, foi esta quinta-feira condenado a dez anos de prisão por ter agredido a então sua esposa, Natalia Dolgopolov, provocando-lhe a morte.
O veredicto do tribunal de Frunze considerou Dolgopolov culpado de, através do espancamento da esposa, ter causado "lesões corporais graves, que resultaram em morte".
Vladimir terá provocado a morte de Natalia no dia 17 de setembro de 2014, mas só cinco dias depois chamou uma ambulância a sua casa. Na altura, disse aos médicos que a "a mulher tinha caído pelas escadas abaixo".
Hoje mesmo, depois de conhecido o veredicto, o antigo futebolista, agora com 54 anos, reafirmou a inocência: "Como posso concordar com a decisão do tribunal se não toquei com um dedo que fosse na minha esposa?"
O advogado de defesa considerou-o um "pai de família exemplar e um homem decente e honrado", prometendo recorrer da decisão.
Natalia era hospedeira numa companhia de aviação quando conheceu Vladimir, que regressava de Estugarda após um jogo para as competições europeias. O casamento ocorreu dois anos mais tarde.
Dolgopolov jogou no Zenit entre 1979 e 1987 e entre 1989 e 1991, efetuando 249 jogos e apontando quatro golos. Chegou ainda a jogar no Dínamo Moscovo e em clubes da Finlândia, Estónia e Arménia.
Somou 64 internacionalizações nas camadas jovens das seleções da União Soviética.
Depois de acabar a carreira trabalhou no Zenit até ser detido na sequência deste caso.