História do Chievo Verona, em estado falido, conhece ponto final após 92 anos

Caído na série B desde 2019 e afundado, progressivamente, em graves problemas financeiros, o Chievo Verona, pôs fim a 92 anos de história dada a incapacidade para inscrição nos escalões inferiores do futebol italiano.

A descida administrativa à Serie D, imposta pela Federação Italiana de Futebol (FIGC) face ao incumprimento de pressupostos monetários entre 2014 e 2019, após uma época em que quase subiu à Serie A, forçou a rescisão de contrato do plantel, conjunto de treinadores e staff.

Por agora, reina um silêncio quase ensurdecedor, certamente penoso, no estádio Marcantonio Bentegodi por falta de recursos humanos para envergar o emblema do clube fundado em 1929. A esperança das luzes se reacenderem é (quase) nula.

A FIGC autorizou, segundo refere a Imprensa italiana, o Chievo a apresentar garantias financeiras, através da apresentação de um novo investidor, para poder competir na Serie D (dois escalões abaixo do que esteve em 2020), mas o prazo delineado expirou em 21 de agosto.

Por isso, o panorama que se vislumbra, para infelicidade dos milhares de adeptos do clube de Verona é, neste momento, o da extinção, ainda que, até 24 de agosto (terça-feira), a FIGC continuará disponível para avaliar eventuais garantias financeiras.

Entristecido face ao desfecho do Chievo está Sergio Pellissier. Através duma publicação nas redes sociais, o antigo goleador de Verona, que serviu o clube entre 2002 e 2019 (!), assumiu, entre juras de amor eterno, o fim duma história de 92 anos.

"Terminou a história do clube que me deu tanto. Hoje é um dos dias mais tristes da minha vida. (...) Adeus meu amado Chievo. Sereis sempre a equipa mais importante da minha vida", escreveu o ex-futebolista italiano.

Em 2019, o Chievo foi envolvido num escândalo de irregularidades financeiras que lhe fez perder três pontos decisivos para ser despromovido à Serie B. Desde então, a decadência financeira aumentou e a estrutura desmoronou entretanto.