"Hagi é um Deus, existem muitas vezes mais camisolas dele do que do clube..."
Declarações de Diogo Queirós em entrevista exclusiva a O JOGO
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Que visão tem do país e campeonato romeno?
- Fiquei bastante surpreendido com a cidade e o país. Infelizmente, acredito que Portugal tem uma visão diferente do que será a Roménia. A minha cidade é no litoral, impera muita tranquilidade, é, no fundo, uma zona de férias como o Algarve. É um cenário tranquilo, de bom tempo e praia. Sempre que o trabalho não impede, tento aproveitar e passear um pouco. O campeonato, não sendo um dos mais competitivos, tem bons jogadores e boas equipas. O play-off pelo título é interessante, são seis equipas a disputá-los e só jogos grandes. Praticamente só finais. Tem sido uma experiência muito boa, alegro-me de a ter agarrado.
E uma lenda como Hagi, que marca vai deixando?
- O míster é ao, mesmo tempo, o dono do clube. É um clube muito agarrado à formação, algo com que me identifico. Dão-se oportunidades aos jovens jogadores, o objetivo é fazê-los evoluir e projetá-los na Liga, ajudando no seu crescimento. Em relação ao treinador, já conhecia a sua história como lenda no país e um dos melhores do mundo. É um treinador muito exigente, mete uma pressão incrível, procura a perfeição de toda a gente, procura que sejamos todos os dias a melhor versão de nós próprios. A palavra que o define é exigência.
Deve ser inacreditável a sua popularidade...
- Não é só em Constanta, é no país todo. Costumo dizer que o míster Hagi é um Deus, idolatrado por todos. Afinal é o melhor romeno de sempre. Nota-se em qualquer cidade, qualquer jogo, seja fora ou em casa. Existem muitas vezes mais camisolas do Hagi do que do clube que joga em casa. É fácil de perceber a sua grandiosidade.
Histórias a partilhar?
- Eu tenho bastantes histórias e engraçadas. Só que não posso contar. Ele sempre foi amável, muito próximo e sempre preocupado em saber se estava bem ou não. Mas sem deixar de exigir o máximo, esperando que eu seja melhor em tudo o que faço.