O médio do Barcelona mantém os pés assentes na terra, mas salienta que chegar aos quartos de final da prova milionária seria "entrar num terreno especial" onde tudo pode acontecer
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Ilkay Gundogan ajudou o Manchester City a conquistar a primeira Liga dos Campeões da sua história na época passada, mas nem por isso se considera mais próximo de revalidar esse título no seu ano de estreia no Barcelona.
“Vou ser honesto, vejo outras equipas com mais possibilidades e experiência. Mas se nos qualificarmos para os quartos de final, entramos num terreno especial. Quem esperava que o Inter chegaria à final do ano passado? Sou realista, mas também sei que é difícil para todos”, apontou, em entrevista ao jornal La Vanguardia.
“Precisamos destes jogos para subir de nível. A Champions é uma questão disto, de competirmos e exigirmos a nós mesmos o máximo. Adoro este tipo de pressão e viajamos até Nápoles com vista a um bom resultado. Chegou a hora decisiva, começámos do zero e está na hora de subir o nível”, acrescentou, em antevisão à primeira mão dos oitavos de final (quarta-feira, às 20h00).
O experiente médio alemão, de 33 anos, admitiu ainda que reagiu com surpresa ao anúncio de Xavi de que iria deixar o comando do gigante catalão no final da temporada, lamentando as falhas da equipa ao longo desta época.
“Oxalá pudesse ter feito algo mais por ele, fico com essa sensação. Ele foi fundamental para que eu viesse e estou-lhe muito agradecido. Respeito a sua decisão, ele merece muito crédito. Está a pensar na sua família, nos jogadores e no clube antes de si mesmo. Xavi ama o Barcelona”, frisou.
“Não estamos a jogar de acordo com as expectativas criadas, cada um de nós pode fazer melhor. Não é desculpa, mas passámos por muitas dificuldades. Lesões, jogadores jovens debaixo de pressão... De Jong e Pedri? Há muito talento, mas quanto jogos fizemos juntos? Dez? Temos de encontrar um equilíbrio e isso só se consegue com tempo”, defendeu.
De resto, Gundogan reagiu aos rumores da imprensa espanhola que apontam Hansi Flick, antigo selecionador alemão, como um dos principais candidatos à sucessão de Xavi no Barcelona, deixando uma palavra de apreço para o compatriota, que está livre no mercado.
“Estão a sair muitos nomes, esta não é a minha praia e não farei comentários sobre isso. Só posso dizer que Hansi Flick não só é um tipo fabuloso, mas também um grande treinador, como demostrou ao ganhar o triplete [na época 2019/20] com o Bayern. Chegou à seleção numa situação muito complicada, mas sempre se mostrou autêntico e eu respeito-o imenso”, concluiu.