Treinador diz que fará uma pausa na carreira quando sair do Manchester City, mas também garante que nunca voltará ao Barcelona, nem como presidente
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Pep Guardiola revelou esta segunda-feira, em entrevista à revista GQ, que fará uma pausa na carreira quando sair do Manchester City, onde tem contrato até 2027, mas também garantiu que nunca voltará ao Barcelona, onde venceu todos os títulos possíveis entre 2008 e 2012, nem como presidente.
O treinador espanhol, de 54 anos, explicou essa decisão por sentir que a sua etapa no atual campeão espanhol, onde venceu um total de 14 títulos, incluindo duas Ligas dos Campeões e três LaLigas, “foi muito bonita, mas acabou para sempre”.
“Acabou-se para sempre. Voltar como presidente? Não, não sirvo para isso”, vincou, falando depois sobre o jovem Lamine Yamal, que já muitas comparações motivou em relação a Lionel Messi, tendo passado a usar o número 10, o mesmo do astro argentino, após renovar contrato com os catalães.
“Creio que é preciso deixar que Lamine Yamal faça a sua carreira e, quando levar 15 anos a jogar, diremos se é melhor ou pior [do que Messi]. Deixem que ele faça a sua carreira. Só o facto de ser comparado com Messi são palavras positivas. É como se o comparassem a um pintor como Van Gogh e isso não é algo mau, é sinal de que é bom, mas é preciso deixar que ele faça a sua carreira, depois veremos”, apelou Guardiola, lembrando os 91 golos que “La Pulga” apontou em 2012 pelo Barça, recorde que até hoje continua intacto, para além da sua longevidade: “Foram 90 golos numa temporada e 15 anos sem parar, sem lesões... Deixem-no”, pediu.
De resto, o técnico também aproveitou para refletir sobre as particularidades da sua profissão. “Eu estive este ano durante quatro ou cinco meses em cada estádio fora de casa com o público a gritar: ‘Vais ser despedido de manhã’. Não há uma profissão: arquiteto, professor, doutor, jornalista... em que 60 mil pessoas pedem que fiques sem trabalho, que querem que fiques sem emprego. Mas a nossa profissão é bem remunerada e pagam-nos tanto dinheiro para aceitar isto. Se não queres, dedica-te a outra coisa”, rematou.