Guarda-redes do Auckland falta ao emprego para estar no Mundial: "Vale a pena"
Guardião teve de usar dias de férias e abdicar mesmo de uma parte do seu salário, faltando ao emprego, para estar com o conjunto amador da Nova Zelândia no Mundial de Clubes, tendo sido goleado 10-0 pelo Bayern na estreia
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O Auckland City, da Nova Zelândia, estreou-se no domingo no Mundial de Clubes sofrendo a maior goleada alguma vez registada na prova diante do Bayern (10-0), isto antes de defrontar o Benfica (20h00 de sexta-feira), que primeiro ainda vai medir forças com o Boca Juniors esta noite (23h00).
O único representante da Oceânia no torneio foi arrasado pelo campeão alemão e ao intervalo já perdia por 6-0, o que não surpreende quando se tem em conta o facto de ser composto por futebolistas que não são profissionais e nem sequer exercem esta profissão a tempo inteiro, combinando-a com outro emprego.
O guarda-redes Conor Tracey, que trabalha num armazém de uma empresa farmacêutica na Nova Zelândia, revelou após o encontro com o Bayern que teve de gastar dias de férias e até abdicar parcialmente do seu rendimento deste mês, faltando ao outro emprego, para poder estar nos Estados Unidos.
“Eu tenho sempre de usar uma combinação entre férias anuais e faltar sem vencimento. Vou sofrer um bocado com a renda e as contas, coisas assim, mas poder defrontar o Bayern, Benfica e Boca Juniors... vale 100% a pena”, vincou, nada arrependido da decisão.
Depois de sofrer duas mãos-cheias de golos do Bayern, não se mostrou surpreendido: “O desafio é competir o melhor que possamos. Não somos doidos, sabemos quem estamos a defrontar”.