Roberto De Zerbi comentou a possível contratação de Mason Greenwood na sua conferência de imprensa de apresentação como novo treinador do Marselha, após esse rumor ter motivado protestos dos adeptos nas redes sociais
Corpo do artigo
Roberto De Zerbi foi apresentado esta terça-feira como novo treinador do Marselha, com um dos principais temas abordados na sua primeira conferência de imprensa a ter sido a possível contratação de Mason Greenwood, extremo do Manchester United, cuja reputação ficou manchada por acusações de violência doméstica, em 2022, que motivaram inclusive protestos dos adeptos nas redes sociais.
Em resposta, o técnico italiano começou por elogiar a qualidade do jovem, de 22 anos, que brilhou na época passada ao serviço dos espanhóis do Getafe, por empréstimo, mostrando-se pouco interessado nos problemas jurídicos que atravessou em solo inglês, antes de serem retirados.
“[Greenwood] Não foi contratado, por isso não há muito a dizer. É um campeão, um jogador de classe mundial. Não sei o que aconteceu, não me preocupo com a vida privada. Quando um jogador assina pelo clube, considero-o como um filho e, mesmo que lhe possa puxar as orelhas em privado, defendê-lo-ei publicamente. Os meus jogadores são como meus filhos”, vincou.
Ainda assim, De Zerbi assegurou que o aspeto social é bastante importante dentro do seio do clube francês, frisando que todos os jogadores da equipa devem respeitar os valores de uma sociedade assente no respeito e em boas práticas.
“Não vou falar de casos individuais, porque isso seria uma falta de respeito pelos jogadores que têm contrato com os clubes, como é o caso de Greenwood. Há valores que o Marselha deve transmitir. No último ano e meio, criámos um dos programas sociais mais fortes da Europa e foi minha ideia pessoal que o Marselha investisse em todos os domínios em que o futebol tem lugar: na educação, no futebol feminino, no trabalho da fundação [solidária]... Uma coisa é certa, qualquer que seja o jogador que venha para o Marselha, tem de partilhar os nossos valores e os valores que queremos ter em comum com a sociedade. No Marselha, não há religião, não há classe social... Queremos que o Marselha seja um veículo de união social e queremos que todos os jogadores partilhem essa visão. Queremos pessoas com valores e boas pessoas", completou.