As formações italianas retomaram os treinos individuais a 4 de maio e aguardavam pela autorização do governo para recomeçar o trabalho coletivo.
Corpo do artigo
As equipas da Liga italiana vão poder retomar os treinos coletivos, depois de confirmado o parecer positivo do Comité Técnico-Científico que colabora com o governo de Itália na gestão da pandemia de covid-19.
"O Comité Técnico-Científico aprovou o protocolo da FIGC [Federação Italiana de Futebol] para o recomeço dos treinos coletivos dos clubes de futebol. É uma ótima notícia", revelou o ministro italiano do Desporto, Vincenzo Spadafora, em declarações à RAI.
As formações italianas retomaram os treinos individuais a 4 de maio e aguardavam pela autorização do governo para recomeçar o trabalho coletivo, depois de se terem manifestado contra algumas das medidas que constavam do protocolo sanitário inicialmente elaborado pelo Comité Técnico-Científico.
A obrigação de todos os membros de uma equipa serem colocados em quarentena, caso um elemento do clube fosse diagnosticado com covid-19, e as concentrações obrigatórias dos plantéis durante várias semanas nos respetivos centros de treino deixaram de fazer parte do protocolo, após solicitação da FIGC.
"Se houver um caso positivo de infeção, essa pessoa ficará de quarentena, enquanto os restantes poderão continuar a treinar, mas sob vigilância", referiu Spadafora, que já hoje tinha afirmado que a Serie A poderá ser retomada em 14 de junho, caso a curva epidemiológica no país continue a descer.
Na segunda-feira, a FIGC anunciou que a Serie A, tal como a Taça de Itália, vão continuar suspensas até 14 de junho, depois de o governo italiano ter prolongado a proibição da realização de eventos desportivos no país até essa data.
De resto, o ministro do Desporto anunciou que em 28 de maio vai reunir-se com os presidentes da Federação Italiana de Futebol, Gabriele Gravina, e da Liga de clubes, Paolo dal Pino, "para definir uma data para o recomeço do campeonato".
"Se o campeonato recomeçar, é preciso completá-lo, portanto todas as soluções são úteis, incluindo a realização de um "play-off'. Cancelar a competição, como fizeram em França, teria sido o mais fácil, mas eu não quis avançar com essa solução. Podendo retomar a prova em segurança, vamos fazê-lo", concluiu Spadafora.