Governo Federal do Brasil confirma Copa América e divulga os palcos dos jogos
Brasília, Rio de Janeiro, Cuiabá e Goiânia vão receber as partidas, sem público.
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Apesar de toda a polémica que tem criado, a Copa América vai mesmo ser realizada no Brasil. A garantia é do Governo Federal, que divulgou, inclusive, as sedes da competição.
A confirmação foi dada esta terça-feira pelo ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, através de uma publicação colocada nas redes sociais.
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Brasília, Rio de Janeiro, Cuiabá e Goiânia vão receber os jogos da competição, que serão realizados sem público nas bancadas.
Também o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, aproveitou a presença da imprensa numa cerimónia relacionada com vacinas contra a covid-19 para declarar que o Brasil está em "condições de realizar a Copa América", num momento em que o país ultrapassou as 465 mil mortes devido ao novo coronavírus.
"Como tem um facto novo que tem a ver com a paixão nacional, informo que fui procurado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) com anúncio de que a Federação Argentina de Futebol não tinha condições de realizar a Copa América. (...) Ouvi os ministros interessados, apresentámos os argumentos. Já foram [realizados] aproximadamente 80 jogos na América do Sul, sem problema nenhum", argumentou o chefe de Estado.
De acordo com Bolsonaro, além do Distrito Federal, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Goiás, um quinto Estado também aceitou receber os jogos da competição, cujo início está marcado o próximo dia 13 de junho, mas "chegou um pouco atrasado", não tendo revelado o nome dessa unidade federativa.
Governadores de outros Estados brasileiros já haviam anunciado que não aceitariam receber jogos por causa da pandemia.
"Considero, da parte do Governo federal, (...) assunto encerrado. Todos os meus ministros são favoráveis à Copa América no Brasil com os mesmos protocolos das Eliminatórias (da Copa do Mundo) e da Libertadores. Caso encerrado", frisou o Presidente, num evento, em Brasília.
A decisão de que o Brasil seja sede do torneio tem sido fortemente criticada por diversos setores políticos e especialistas em saúde devido ao recrudescimento das infeções que o país atravessa nas últimas semanas e à possibilidade de uma terceira vaga da pandemia em breve.
Na tentativa de impedir a organização do torneio no Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT), formação política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, encaminhou um pedido de tutela ao Supremo Tribunal, tendo sido nomeado instrutor do caso o juiz Lewandowski.
Recorde-se que Colômbia e Argentina desistiram de organizar a prova devido à pandemia.