Gazeta da diáspora: Xeka é um box to box matador

om um total de 11 jogos na I Liga, em Portugal pouco se deu por ele. Em França, porém, Xeka tem estado a dar cartas. Em apenas dez meses neste país somou já três assistências e três golos, o último dos quais no passado sábado, a contribuir para a vitória do Dijon (onde joga por empréstimo do Lille) por 3-1, sobre o Toulouse.

Nesse jogo, Sammaritano cruzou-lhe a bola da direita e ele surgiu ao segundo poste a desviar para a baliza. Um movimento mais próprio de um avançado e não tanto de um 8, como ele. "Sempre tive chegada à área, nomeadamente desde que estou em França. Já fiz aqui três golos e todos dentro da área, na sequência de cruzamentos. Como médio box to box, tento sempre subir no terreno para chegar às zonas mais perigosas e fazer golos ou assistências, para assim ajudar ao máximo a equipa nas funções ofensivas", comentou a O JOGO este confesso admirador do alemão Toni Kroos. "É o jogador que mais aprecio. Vejo atentamente os jogos dele e gosto da inteligência com que joga, do posicionamento, das tomadas de decisão e da execução. É um jogador de alto nível e não é por acaso que está há seis anos seguidos no melhor onze da FIFA. É um ídolo para mim", disse, confessando depois que, tal como Kroos, também gosta mais de jogar a 8 do que na posição 10. "Não gosto de jogar tanto à frente porque não tenho tanta bola. Aí faz-se mais aquele jogo do gato e do rato. Eu prefiro jogar mais atrás. Gosto de ter a bola nos pés, de construir jogo, organizar, encontrar as melhores soluções para chegar à zona de finalização. Mas de qualquer forma faço o que for preciso para ajudar a equipa", frisa.

Para já, tudo lhe sai bem, assim como à equipa, que teve quatro vitórias nos últimos cinco jogos: "O grupo é muito unido e tem qualidade. Aproveitámos ao máximo as nossas qualidades e tentamos corrigir os defeitos. Tem resultado, os adeptos estão contentes e acima de tudo temos praticado bom futebol. O objetivo do Dijon é a permanência na I Liga francesa, como é óbvio."