Ganhou a Taça de Portugal no Sporting e agora troca os relvados pela areia
Alecsandro fez dupla com Liedson nos leões em 2006/07. Acabou a carreira no modesto Primavera, aos 42 anos, e já começou a jogar futevólei, no Ponte Preta
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Aos 42 anos e após jogar em 17 clubes, entre eles o SPorting em 2006/07, Alecsandro muda-se do futebol para o futevólei, onde até já deu os primeiros passos há meses, no Ponte Preta.
Foi bicampeão da Libertadores, campeão brasileiro, da Taça do Brasil, entre outros, e pelo Sporting conquistou uma Taça de Portugal, fazendo dupla com Liedson.
Em entrevista ao Globoesporte, falou da despedida dos relvados e da mudança para a areia: "É um momento diferente, em que a gente acaba encerrando a carreira. Eu vou fazer um jogo de despedida ainda, não sei se vai ser no meio ou no fim do ano. Vai ser a despedida minha e do meu irmão [Richarlyson]. Aparecem várias propostas ainda, mas por tudo o que já passamos no futebol, é um momento ainda de glória, prestígio, de ser reconhecido ainda na rua e tirar foto. Então a gente está fora dos relvados, mas o futebol sempre vai continuar no nosso meio. A areia acabou a dar-me um alicerce, um suporte grande. Eu sou apaixonado pelo futevólei. Parar de jogar futebol é um baque muito grande. Então eu tive oportunidade de parar e já automaticamente entrar numa coisa que eu amo bastante. Pretendo sim jogar futevólei por mais alguns anos", comentou o experiente avançado, que representou também clubes como Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Internacional e Vasco da Gama.
"Eu avalio meus anos de carreira de forma muito positiva. 'Foi muito bacana'. Eu sou e fui feliz em todos os clubes por onde passei. Em alguns tive um pouquinho mais de dificuldade, outros mais tranquilidade. Graças a Deus fui muito mais aplaudido do que vaiado. Vestir a camisa 9 não é fácil. O momento que mais me fez crescer na dificuldade foi o doping, onde me apanharam erradamente. Fez-me crescer bastante passar por todo esse drama e depois dar a volta por cima", prosseguiu, concluindo a recordar palavras de alguém especial, Pelé.
"Eu sou muito feliz pela minha carreira. Seria injusto se eu reclamasse de alguma coisa, mas eu queria muito ter jogado o último jogo da final da Libertadores dentro do Beira-Rio. No final do jogo fomos receber as medalhas e o Pelé, rei do futebol, olhou para mim e falou 'pô você fez falta hoje'. Acabou por aliviar aquela dor de não ter jogado porque o rei do futebol disse que eu fiz falta. Aquilo ali me deu uma satisfação muito grande como atleta e amenizou um pouquinho a minha dor daquela final", completou.
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