Francisco Ramos: "Só quero voltar a jogar e a desfrutar do jogo, sem dores..."
ENTREVISTA, PARTE II - Há cerca de três meses, ao serviço do Radomiak Radom, da Polónia, o médio Francisco Ramos sofreu uma lesão grave, fraturando a tíbia e o perónio. Foi submetido a quatro cirurgias e correu risco de amputação.
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Francisco Ramos recebeu muitas mensagens de apoio. Destaque para a Federação Portuguesa de Futebol e para o FC Porto, que se prontificaram a ajudar na recuperação.
Muitos amigos e adeptos solidarizaram-se com Francisco Ramos nas redes sociais na altura da lesão. Foi importante esse apoio?
- Quando contei o que se estava a passar, através das redes sociais , recebi muitas mensagens de pessoas do futebol, de amigos, do FC Porto, de outros clubes e várias entidades. Ligou-me o presidente da Federação Portuguesa de Futebol e o Pauleta a perguntarem se queria fazer o tratamento lá, assim como o FC Porto. O meu primo [Luís Neto, jogador do Sporting] esteve sempre comigo desde o primeiro dia, assim como a restante família, o André André a mesma coisa, o Bruno Fernandes, um grande amigo, ou o Raphael Guzzo, que até levou uma camisola com o meu nome para um jogo. Agradeço a todos pelo carinho, porque também fizeram parte da recuperação.
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Tendo mais dois anos de contrato com o Radomiak, como olha para o futuro até ao final da carreira?
-Só quero voltar a jogar e a desfrutar do jogo, sem dores e sem me lembrar deste momento mau. Quanto ao final da carreira, e se tudo correr bem, ainda tenho alguns anos de futebol pela frente. Todo este tempo parado vai permitir-me pensar nisso melhor e estudar algo que me interesse.
Jogar pelo Varzim até terminar a carreira é um objetivo?
- Fazem-me sempre essa pergunta e respondo sempre que adorava. Quanto mais vezes vou ao estádio, mais vontade tenho. Se um dia jogar no Varzim, será porque ainda tenho capacidade para ajudar. Por ser o clube do meu coração, o ideal seria jogar na I Liga ou subir na II Liga. Falo sempre do Varzim, e quando perde os colegas estão sempre a meter-se comigo.