Francisco Conceição sobre ter sido treinado pelo pai: "Foi uma honra e um fardo"

Em entrevista ao La Stampa, Francisco Conceição falou sobre o facto de ter sido treinado pelo pai, Sérgio Conceição, no FC Porto, assim como do seu futuro no clube italiano.

"Foi uma honra. Não por ser meu pai, creio que os factos falam por si. Foi uma honra e um fardo. Não nego que não seja fácil tê-lo como treinador, mas serviu de empurrão, para provar todos os dias que não estava lá por ser filho do treinador. Cheguei à Seleção sozinho", atirou.

No presente, continua a ouvir os conselhos do pai: "Falámos antes e depois de jogo, mas ele nunca aborda questões táticas ou estratégicas. Falamos sobre mim, sobre como me sinto, como devo encarar o desafio do ponto de vista mental."

E falou sobre a ligação familiar ao futebol: "O José tem nove anos, mas é bom com a bola. Depois sou eu, há o Moises na terceira liga portuguesa e há os dois defesas, o Rodrigo, 24 anos, do Zurique e o Sérgio, 27 anos, do Anorthosis, da primeira divisão do Chipre. Uma bela equipa. Crescemos a desafiar-nos uns aos outros em casa e a mãe enlouquecia ao levar-nos aos treinos. Com um pai assim, era natural que nos apaixonássemos pelo futebol, mas o pai nunca nos impôs nada: só se nos sentirmos realizados é que seremos felizes, era o seu refrão. O pai diz-me a mim e aos meus irmãos para sermos sempre nós próprios: se estivermos felizes, podemos fazer o drible perfeito num jogo".