Francisco Conceição acentua tendência jovem e tem a Europa a seus pés

Praticamente 24 anos depois do brilharete do pai frente à Alemanha, foi em solo germânico que Francisco Conceição inscreveu o nome na história portuguesa em Europeus, e logo na estreia na prova. O extremo resolveu um caso bicudo ao minuto 92, dando a vitória à Seleção sobre a Chéquia (2-1) e reclamando atenções provenientes de vários cantos do Velho Continente. “O pai ensinou-o a correr, mas não lhe chamem mais júnior”, escreveu a “Gazzetta dello Sport”, com o “L’Équipe” a referir que “depois de Sérgio, Portugal celebrou o outro Conceição”. A “Sky Sports” foi mais além. “Francisco ofusca Ronaldo”, escreveu a cadeia televisiva britânica na edição online.

Ecos de brilho que vieram acentuar aquela que tem sido tendência dominante no Euro’2024: o protagonismo das jovens pérolas dos teóricos candidatos. Depois de Wirtz, Musiala (Alemanha), Lamine Yamal (Espanha) e Bellingham (Inglaterra), chegou a vez de Chico. Nomes em diferentes estágios de emancipação, naturalmente, mas todos com 21 anos ou menos e, no caso do português, passíveis de agitar as águas do mercado de verão. A blindagem do atacante do FC Porto é frágil - cláusula de rescisão de 30 milhões de euros até 15 de julho - e o remate decisivo de ontem já terá servido para aguçar o apetite dos tubarões, sempre atentos às grandes montras. O Bayern, por exemplo, já foi apontado como interessado.