Foi dispensado por comentários sobre Israel e Hamas e vai levar Mainz a tribunal
O emblema alemão justificou a decisão de despedir o jogador como “uma resposta às declarações e posts nas redes sociais”, que foram consideradas pró-Palestina
Corpo do artigo
Anwar el Ghazi, extremo neerlandês que também tem nacionalidade marroquina, vai levar o Mainz a tribunal depois de ter sido dispensado pelo clube alemão, que já o tinha suspenso devido a comentários nas redes sociais ao conflito entre Israel e o Hamas.
“Não vejo qualquer declaração na sua última publicação que não seja coberto pela liberdade de expressão”, afirmou o advogado do futebolista, em declarações ao jornal “Allgemeine Zeitung”.
Contactado pela BBC, o emblema da Bundesliga disse estar informado sobre o caso, recusando comentar um “processo legal que se encontra a decorrer”.
O Mainz tinha suspenso o jogador de 28 anos no dia 17 de outubro, após primeiros comentários que foram posteriormente apagados, e reintegrou El Ghazi no dia 30, explicando: “Ao manifestar comprometimento com os valores do clube, os remorsos revelados e a vontade de usar este erro como uma oportunidade para aprender, Anwar el Ghazi vai regressar aos treinos e ter acesso às instalações do clube em breve.”
Mais tarde, El Ghazi meteu baixa médica e reiterou a sua posição sobre o conflito que envolve Israel, a Palestina, o Hamas e Gaza, afirmando não estar arrependido das suas palavras iniciais.
Entre vários comentários, o extremo dissera: “Condeno a morte de todos os civis inocentes na Palestina e Israel” e manteve a sua posição, o que levou o clube a avançar para o despedimento.
Refira-se que o estádio do Mainz tem o nome de Eugen Saloman, um judeu que foi afastado das funções que ocupava no clube pelo regime Nazi em 1933 e viria a falecer em 1942, vítima do Holocausto.