Florentino Pérez defende Superliga: "O futebol europeu não pertence à UEFA"

Florentino Pérez compareceu este sábado numa assembleia-geral do Real Madrid, onde garantiu que não vai desistir da Superliga Europeia e voltou a visar a UEFA, frisando a “necessidade” do projeto para a sustentabilidade dos clubes. 

"A situação é muito grave. O principal problema é que os dirigentes estão a agir sem pensar nos adeptos. O futebol europeu não pertence ao presidente da UEFA. O futebol espanhol não pertence ao presidente da La Liga. O futebol não é monopólio de ninguém. É por isso que o projeto da Superliga é mais necessário do que nunca", afirmou. 

“O objetivo é oferecer o melhor do futebol. São os clubes que têm de controlar o seu próprio destino e cada vez mais perdem milhões todos os anos. Eu peço mais regras sobre o fair play financeiro, que alguns clubes não respeitam impunemente”, acusou. 

O presidente do Real Madrid aproveitou ainda para criticar o novo formato da Liga dos Campeões, que terá 36 equipas em vez de 32 a partir da época 2024/25, defendendo que a Superliga tem sido alvo de “incessantes campanhas de desinformação e manipulação”. 

“Fomos mesmo acusados de querer abandonar as Ligas nacionais. Gostaria de vos dizer que isso é totalmente falso. Liga dos Campeões? Ninguém compreende bem o novo modelo, é absurdo. O desastre deste formato é óbvio, os direitos perderam valor. É um sistema que serve os seus dirigentes, as necessidades dos jogadores e dos adeptos não são consideradas. Esperemos que o dia 21 de dezembro marque o início de uma nova era para o bem do futebol”, concluiu. 

Florentino Pérez fez referência à data em que será conhecida a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia em relação ao litígio entre a UEFA e a A22 Sports Management, empresa que gere o projeto da Superliga, em relação ao monopólio do organismo europeu. 

Lançado em 2021 por 12 emblemas do futebol europeu, a Superliga, apresentada inicialmente num formato fechado, enfrentou uma enorme contestação dos adeptos, Ligas nacionais e UEFA, tendo caído por terra num espaço de dias. Atualmente, só o Real Madrid e o Barcelona continuam a defender o projeto.